Créditos

Direcção,Organização,Redacção: Álvaro Lobato de Faria

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Roberto Chichorro no MAC







Álvaro Lobato de Faria


Director coordenador do



MAC - Movimento Arte Contemporânea



convida todos os amigos e clientes


para a inauguração da exposição de pintura de



Roberto Chichorro




Encontros Alados



que terá lugar nos nossos espaços em Lisboa


(Av. Álvares Cabral, 58/60),


dia 4 de Outubro de 2011 pelas 19:00.






texto de apresentação
Aqui, tudo se passa à noite.Antes, durante ou depois de uma festa que se arrasta pelas horas, as noites não contemplam períodos de descanso. Aumentam as batidas da música e do coração e nem a visão fica diminuída, iluminados que surgem homens e bichos, numa luxúria cromática de extraordinária força lírica.Luares radiantes, cúmplices e confidentes, que encerram segredos de conquistas e namoros clandestinos, apadrinhados pelo universo ancestral do animismo africano, repleto de criaturas oníricas.Nestas festas, os sons parecem romper os limites da tela e não existe tristeza.Serestas e serenatas, luzes, cores e perfumes são ingredientes constantes que Roberto Chichorro utiliza como garante de sedução. E múltiplas são as personagens e os seus mistérios. Inebriantes. Repletas de paixão e erotismo incendiários.Mulatas que sonham, maquilhadas de muciro e pó de arroz, que se aprontam para a festa, que se insinuam ou se ajeitam à janela. E esperam… cativas de amor.Os homens agitam-se, os bichos também.Cabras e gatos e bodes e peixes e burros e cães namoradeiros, e os outros, que não sabemos quem são, mescla de fábulas e recordações.Tocadores de viola, de flauta, de piano. Homens-lua, conquistadores.E os pássaros. Beija-flor ou papagaios de papel. Intermediários entre céu e terra, entre mulheres e homens, polinizadores que segredam recados, com morada voluntária nas muitas gaiolas douradas que pendem do infinito.Este sentido mágico de permanente comunhão com a natureza decorre de vincados traços da personalidade do pintor, do lado idílico do seu pensamento simbólico, da sua admiração perante a beleza do mundo.E é relato de espaços, de tempos e de mundos vividos. O presente não é só o agora, é também lembrança do passado.A natureza da obra de Roberto Chichorro é alegórica. Não contempla, por isso, inquietações racionais ou dúvidas lógicas. Exprime a língua das gentes e dos bichos e toda a narrativa convida à demora, tantos são os pormenores e as histórias que irrompem dentro da história.Rejeitando a verosimilhança naturalista, não privilegia a forma mas a essência, legando ao nosso imaginário um amplo mostruário de celebração da vida, alcançado por meio de filtros de sensibilidade melancólica e delicada, autónomo do real convencionado.Roberto Chichorro pauta-se pelo sentido de unidade, num espírito de síntese que, não sendo economicista, permanece atento ao pormenor.Renuncia à concordância das cores com os referentes representados e confere-lhes contrastes e harmonias inexistentes na realidade visível.Tecnicamente, esta aplicação cromática, de selecção aparentemente arbitrária uma vez que renuncia a qualquer naturalismo, enfatiza tendências opostas na forma e no conteúdo. Codifica sentidos.A cor não é um simples valor estético. Chichorro tira partido das misturas ópticas, joga com o brilho e a saturação numa cumplicidade constante entre dominantes e acentuantes, e mantém a nossa atenção focada em todos os pontos da tela.Grandes manchas de cor chapadas, fechadas por negros contornos e pontilhadas, amiúde, pelo esplendor do ouro, conferem uma expressividade vibrante que explica, decerto, a vitalidade da obra deste grande Mestre.Chichorro não representa. Cria mundos. Abre-nos frestas de portas. E acorda em nós o desejo de espreitar. Vermos sem sermos vistos. Sermos de novo meninos, em noite escura de insónia ou de bicho papão, à procura de um mundo de luz e cor que não é nosso, para espantar o medo.O nosso reino de fantasia, denso e subtil, realista e fantástico, onde os homens ensinam os bichos e os bichos aprendem a ser homens, na festa das cores da vida.Aqui tudo se passa à noite. Nunca amanhece. Mas não existe tristeza, só nostalgia…


Álvaro Lobato de Faria /Setembro,2011


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alvarolobatofaria@movimentoartecontemporanea.com


sábado, 3 de setembro de 2011

Fernando d'F. Pereira

De 6 a 28 de Setembro/2011, Continuação III, por Fernando d' F. Pereira, na Rua do Sol ao Rato 9/C. Confirmando o talento e a alta qualidade do autor desta mostra,convido-vos a visitar esta exposição conseguida com 17 trabalhos do artista, agora patente no MAC-Movimento Arte Contemporânea.


Mulher Branca
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As Manas
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Apanha Corações
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Mais informações:
MAC – MOVIMENTO ARTE CONTEMPORÂNEA
mac@movimentoartecontemporanea.com
tel. 213850789/ 213867215 /tm. 962670532
Rua do Sol ao Rato, 9C, 1250-260 260 Lisboa /
Av. Álvares Cabral, 58-60, 1250-018

horário:
segunda a sexta das 13:00 às 20:00
sábado das 15:00 às 19:00
domingo por marcação tm 96 267 05 32

sábado, 2 de julho de 2011

Prémios MAC` 2011

Troféu MAC`2011, da autoria do escultor Santos Lopes


E os premiados são...

MAC`2011 Jornalista Cultural Televisão _ JOÃO PAULO SACADURA

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MAC`2011 Programa Cultural Televisão _ CARTAZ DAS ARTES _ TVI

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MAC`2011 Imprensa _ NIRAM ART MAGAZINE

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MAC`2011 Divulgação Cultural _ EVA DEFESES

Em representação de Eva Defeses, recebeu Héctor Martínez Sánz
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MAC`2011 Hilário Teixeira Lopes _ Teresa Mendonça

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MAC`2011 _Carreira _ Ricardo Paula

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MAC`2011 Prestígio _ Onik Sahakian

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MAC`2011 Honorário _ João Duarte

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MAC`2011 Mérito e Excelência _ Roberto Chichorro

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MAC`2011 Vida e Obra _ Hilário Teixeira Lopes

Mestre Hilário Teixeira Lopes, ficou ainda encarregue
de receber o Prémio MAC`2011 Pintura,
em representação da pintora Luísa Nogueira.
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Foram ainda atribuídas as distinções de Colaboração, Divulgação e Parceria Cultural a um grupo de personalidades que, de forma individual ou colectiva, tem trabalhado no sentido de conferir um maior reconhecimento público ao MAC e aos seus artistas.

Assim, este ano foram distinguidos na categoria de Colaboração Cultural: a pintora Maria João Franco, o pintor Paulo Canilhas e a fotógrafa Rosa Reis.

Na categoria de Parceria Cultural, uma vez mais distinguimos a acção pedagógica inovadora do Colégio Militar e da Prof.ª Pintora Ana Tristany.

As distinções de Divulgação Cultural foram entregues a Héctor Martínez Sánz, pelo trabalho desenvolvido na publicação Madrid en Marco, às Oficinas de Formação e Animação Cultural da Câmara Municipal de Aljustrel e ao Jornalista Manuel Rodriguez Vaz.


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segunda-feira, 20 de junho de 2011

Prémios MAC` 2011 - 17º Aniversário

Instituídos pela primeira vez em 1997, os prémios MAC visam estreitar os laços entre os diversos agentes e práticas artísticas: representações, expressões, conhecimentos e aptidões – bem como os objectos e os espaços que lhes estão associados – instituições, imprensa, grupos ou indivíduos que ao longo de cada ano mais activamente participam na produção, promoção e divulgação culturais, enriquecendo a cena artística nacional e internacional.
Desde essa data, estes prémios passaram a constar do nosso plano de actividades anuais, adquirindo um carácter regular, tendo o MAC chamado à concretização material dos troféus em que estes prémios se traduzem, os mais consagrados nomes da Escultura e Medalhística portuguesas – Professor Escultor João Duarte, Mestre Alberto Gordillo e a Escultora Maria Manuela Madureira.
Este ano, a tarefa ficou a cargo do Escultor Santos Lopes, que produziu uma peça rica em simbolismo que postula os princípios que presidem à fundação dos Prémios MAC: premiar a isenção e a qualidade.A cerimónia de entrega dos Prémios terá lugar no dia 28 de Junho de 2011, no decorrer da inauguração da Exposição Colectiva de Artes Plásticas, comemorativa do 17º Aniversário MAC, onde poderão encontrar obras de Hilário Teixeira Lopes, Ricardo Paula, Roberto Chichorro, João Duarte, Santos Lopes, Alberto Gordillo, Matilde Marçal, Luísa Nogueira, Maria João Franco, Artu Bual, Alfred Opitz, Gil Teixeira Lopes, entre outros...
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sexta-feira, 27 de maio de 2011

ONIK SAHAKIAN no MAC

2 a 22 de Junho / 2011


Discípulo de Salvador Dali, Onik Sahakian transporta através dos tempos a herança do mestre, situando-se entre os mundos do real e do irreal através de um traço exacto e inconfundível, levando-nos, ora para paisagens desérticas, ora para visões harmoniosas ou cruéis, pintadas com cores vibrantes que nos oferecem incontáveis e aliciantes leituras.

De regresso ao MAC com a mostra Time for Wine and Roses, promete encantar aqueles que se demorarem sobre os seus sonhos metafísicos, inebriados pelo cheiro suave das rosas e pelos odores frutados dos vinhos portugueses... para ver no MAC_Av. Álvares Cabral, 58-60, em Lisboa.

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segunda-feira, 2 de maio de 2011

HILÁRIO TEIXEIRA LOPES

Em Tempo de Criatividade
A Expressão de Sentimentos

de 3 a 27 de Maio/2011
Transmitir sentimentos à matéria e extrair da matéria os seus próprios sentimentos é a proposta transcendente que Mestre Hilário Teixeira Lopes nos propõe nesta sua nova fase de pesquisa.

Fazendo-nos parceiros da beleza que cria, cúmplices do seu mundo de fantasia, Mestre Hilário recria um clima próprio de sensibilidade rítmica, com a pureza e a mestria técnica de quem não só cria arte mas é ele próprio arte – arte de viver, de ver o mundo e de o transmitir como um guia do pensamento.

O gigantismo impera, passivos que estamos perante tal explosão cromática, e vogamos ao sabor do traço expansivo, das cascatas insinuadas, dos rios de matéria espessa que descemos e subimos por sucessivas ramificações e afluentes infinitos, no sentido contemplativo da experiência artística.

Na sua incessante faina de criador, sem esmiuçar detalhes, recria sonhos e descreve mundos, registando as imagens inesquecíveis que um dia julgámos adivinhar por entre as nuvens do céu azul de verão.

Alquimista da cor, aprendeu a decompor a realidade em sensações, que traduzidas plasticamente com grande qualidade estética, nos dão a palavra-chave necessária para descodificar o caminho inverso até à realidade de cada um de nós.

E porque a ARTE é sempre uma forma de expressão relacionada com cada temperamento, eis porque as obras de Mestre Hilário são afinal documentos sinceros do seu mundo sensível e da sua personalidade, onde todos nos conseguimos rever e encontrar. E aqui reside o maior dos seus triunfos.

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quinta-feira, 31 de março de 2011

CINDERELA parto hoje à meia-noite para o fim

Não lhe ligues mana, ela não vai ao baile

Tic-tac, tic-tac, tic-tac...
- Já é quase meia-noite! - sobressaltada, a Cinderela desliza dos braços do príncipe e corre em direcção à saída.
- Já é quase meia-noite! - repete apressada.


Como se vive, sem pelo menos uma vez na vida ter ouvido uma história de encantar?
O sobressalto das histórias que, por mais que fosse antecipado, fazia o coração disparar e sustinha a respiração.
Numa história, todo o inventário fantástico - contado e gravado na memória - todas as notas tiradas à margem como fragmentos e registos, articulam-se na ordenação de tempos e espaços que não vivemos. Mas sonhámos.
Um dia, conta-se a última história, sem se anunciar como a última, sem o tom grave do abandono ou da despedida. e nem as noites seguintes fazem suspeitar que aquela foi a derradeira.
O contar de histórias é entendido por Ricardo Paula como missão. Pressente os retalhos de uma história em perigo e nela investe todos os seus esforços.
Obras plenas de conteúdo alegórico que se cumprem entre a constante inovação e maturação técnica, num compromisso entre realidade e ficção... tic-tac, tic-tac, tic-tac...

À espera do taxi

As Hienas

O sonho do príncipe

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Cinderela, parto hoje à meia-noite para o fim
5 a 29 de Abril / 2011
Av. Álvares Cabral, 58-60, 1250-018 Lisboa

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A TUA SAIA E O AZUL MAIS ESCURO DA NOITE

Os teus sonhos / óleo, ouro e prata s/ tela, 80x120cm, 2011

Não perguntes, porque a noite não te vai dizer nada,

Nestas noites o azul é o mais escuro,

aquele azul que se aperta contra o peito,

encostado contra o fim do mundo no limite do abismo

onde as mãos procuram as mãos, onde a lua tem uma cara

só quando já não pensamos nela, e as paredes são de pedra fria.

Lembrei-me…

A tua saia no azul mais profundo da noite, é uma imensa gargalhada

ouvida ao longe, um riso ao cair da luz mais distante, e depois…

só me sobra o som do riacho, aqui nos degraus onde demoro.

…que se aperta contra a alma.

Ricardo Paula / Ericeira, Janeiro 2011

O teu riso / óleo, ouro e prata s/ tela, 70x130cm, 2011

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A tua saia e o azul mais escuro da noite
de 5 a 29 de Abril / 2001
MAC - Rua do Sol ao Rato, 9/C, 1250-260 Lisboa

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sábado, 5 de fevereiro de 2011

TERESA MENDONÇA no MAC até 25 de Fevereiro





FRAGMENTOS DE LUGARES NA PAISAGEM
marca um ponto essencial na carreira de TERESA MENDONÇA
pela qualidade expressiva e plástica das telas agora
expostas no MAC até 25 de Fevereiro.
É com orgulho que os directores do MAC,
amigos e colegas, sentem esta mostra
que vem valorizar, sem dúvida alguma
a qualidade do percurso do
MAC-Movimento Arte Contemporânea

..."A interioridade das telas é a sua dimensão essencial, onde o plano e os micro-cosmos se encontram, partindo de um caos antecipado, até se reformularem em fragmentos de lugares de uma paisagem incerta que se insere e nos confronta."
do catálogo
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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Água de Cheiro, Pó de Arroz, em Tempo de Beija-Flor e Papagaio de Papel

Festa em noite suburbana, acrílico s/ tela, 125x200cm

Aqui, tudo se passa à noite.

Antes, durante ou depois de uma festa que se arrasta pelas horas, as noites não contemplam períodos de descanso. Aumentam as batidas da música e do coração e nem a visão fica diminuída, iluminados que surgem homens e bichos, numa luxúria cromática de extraordinária força lírica.

Luares radiantes, cúmplices e confidentes, que encerram segredos de conquistas e namoros clandestinos, apadrinhados pelo universo ancestral do animismo africano, repleto de criaturas oníricas.

Nestas festas, os sons parecem romper os limites da tela e não existe tristeza.

Serestas e serenatas, luzes, cores e perfumes são ingredientes constantes que Roberto Chichorro utiliza como garante de sedução. E múltiplas são as personagens e os seus mistérios. Inebriantes. Repletas de paixão e erotismo incendiários.

Mulatas que sonham, maquilhadas de muciro e pó de arroz, que se aprontam para a festa, que se insinuam ou se ajeitam à janela. E esperam… cativas de amor.

Os homens agitam-se, os bichos também.

Cabras e gatos e bodes e peixes e burros e cães namoradeiros, e os outros, que não sabemos quem são, mescla de fábulas e recordações.

Tocadores de viola, de flauta, de piano. Homens-lua, conquistadores.

Karingana II - noivamento com beija-flor em noite de muitos sonhos, acrílico s/ tela, 120x120cm

E os pássaros. Beija-flor ou papagaios de papel. Intermediários entre céu e terra, entre mulheres e homens, polinizadores que segredam recados, com morada voluntária nas muitas gaiolas douradas que pendem do infinito.

Este sentido mágico de permanente comunhão com a natureza decorre de vincados traços da personalidade do pintor, do lado idílico do seu pensamento simbólico, da sua admiração perante a beleza do mundo.

E é relato de espaços, de tempos e de mundos vividos. O presente não é só o agora, é também lembrança do passado.

A natureza da obra de Roberto Chichorro é alegórica. Não contempla, por isso, inquietações racionais ou dúvidas lógicas. Exprime a língua das gentes e dos bichos e toda a narrativa convida à demora, tantos são os pormenores e as histórias que irrompem dentro da história.

Rejeitando a verosimilhança naturalista, não privilegia a forma mas a essência, legando ao nosso imaginário um amplo mostruário de celebração da vida, alcançado por meio de filtros de sensibilidade melancólica e delicada, autónomo do real convencionado.

Roberto Chichorro pauta-se pelo sentido de unidade, num espírito de síntese que, não sendo economicista, permanece atento ao pormenor.

Renuncia à concordância das cores com os referentes representados e confere-lhes contrastes e harmonias inexistentes na realidade visível.

Tecnicamente, esta aplicação cromática, de selecção aparentemente arbitrária uma vez que renuncia a qualquer naturalismo, enfatiza tendências opostas na forma e no conteúdo. Codifica sentidos.

A cor não é um simples valor estético. E Chichorro tira partido das misturas ópticas, joga com o brilho e a saturação numa cumplicidade constante entre dominantes e acentuantes, e mantém a nossa atenção focada em todos os pontos da tela.

Grandes manchas de cor chapadas, fechadas por negros contornos e pontilhadas, amiúde, pelo esplendor do ouro, conferem uma expressividade vibrante que explica, decerto, a vitalidade da obra deste grande Mestre.

Chichorro não representa. Cria mundos. Abre-nos frestas de portas. E acorda em nós o desejo de espreitar. Vermos sem sermos vistos. Sermos de novo meninos, em noite escura de insónia ou de bicho papão, à procura de um mundo de luz e cor que não é nosso, para espantar o medo.

O nosso reino de fantasia, denso e subtil, realista e fantástico, onde os homens ensinam os bichos e os bichos aprendem a ser homens, na festa das cores da vida.

Acordes em azul com flores, acrílico s/ tela, 117x90cm

Aqui tudo se passa à noite. Nunca amanhece. Mas não existe tristeza, só nostalgia…

Álvaro Lobato de Faria / Director Coordenador MAC


A inauguração

"Água de Cheiro, Pó de Arroz, em Tempo de Beija-flor e Papagaio de Papel"
Sexta-Feira, 21 de Janeiro de 2011, Centro Cultural de Cascais

O evento contou com a presença de dezenas de convidados e amigos do pintor, decorrendo no habitual clima de festa que rodeia Roberto Chichorro.







No final da noite, a expressão era de grande alegria e cumplicidade entre os membros da Direcção do MAC e o pintor.

Joana Paiva Gomes, Roberto Chichorro e Zeferino Silva
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ROBERTO CHICHORRO
Água de Cheiro, Pó de Arroz em Tempo de Beija-Flor e Papagaio de Papel
CENTRO CULTURAL DE CASCAIS
de 21 de janeiro a 6 de março de 2011
terça a domindo, das 10:00 às 18:00
ENTRADA LIVRE

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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

ROBERTO CHICHORRO no Centro Cultural de Cascais

Água de Cheiro, Pó de Arroz, em Tempo de Beija-Flor e Papagaio de Papel dá nome à última exposição de Roberto Chichorro, que inaugura a 21 de Janeiro, pelas 21:30, no Centro Cultural de Cascais.
A exposição é produzida pela Fundação D. Luís I e conta com comissariado e apresentação de Álvaro Lobato de Faria.
Trinta e uma obras repletas de magia e sedução, luz, música e cor, para ver até 6 de Março de 2011.

Era uma vez a lua, acrílico s/ tela, 120x120cm, 2006

Tempo de encanto com cabrinha rosa, acrílico s/ tela, 115x145cm, 2003

Noite enluarada com cão vermelho, acrílico s/ tela, 146x114cm, 2004

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Aceite o nosso convite



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Roberto Chichorro
Água de Cheiro, Pó de Arroz, em Tempo de Beija-Flor e Papagaio de Papel

CENTRO CULTURAL DE CASCAIS
Exposição patente ao público de 22 de Janeiro a 6 de Março de 2011
Terça a Domingo, das 10:00 às 18:00
Avenida Rei Humberto II de Itália, 2750-641 Cascais



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terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Feliz 2011

De partida para São Paulo, o primeiro périplo cultural do ano, partilho algumas das sugestões que podem encontrar no MAC ainda este mês.

Até 12 de Janeiro, pintura de Luísa Nogueira, “Entre Bichos”, e Colectiva de pintura, escultura e cerâmica, para ver até 27.

A todos os amigos, parceiros e colaboradores, os desejos de um Feliz Ano Novo. E até breve.

Fernando d`F. Pereira, O Mágico. técnica mista s/ plexigass, 50x50cm

Elsa Rodrigues. Pasmadinhos. Cerâmica.

Ricardo Paula. Os sons da chuva. óleo s/ tela. 110x130cm

João Duarte. Dolce Vita I. Fundição em bronze

Maria João Franco. Parceira das minhas ilusões. técnica mista s/ tela, 116x89cm

Luísa Nogueira. A agitação dos tresnoitados, técnica mista s/ papel, 15x22cm

Matilde Marçal. Jardim seco. óleo s/ tela, 89x116cm


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