Créditos

Direcção,Organização,Redacção: Álvaro Lobato de Faria

segunda-feira, 31 de março de 2008

Açores,2008_Curadoria no Centro Cultural de Ponta Delgada-ANIMA

Álvaro Lobato de Faria (à esq. ) entrevistado por Margarida Neves Pereira, jornalista do "Açoriano Oriental" aludiu como Director coordenador do MAC-Movimento Arte Contemporânea , a actividade deste espaço no campo da divulgação artística, cultural e pedagógica.


Álvaro Lobato de Faria é curador para os Açores da exposição de Teresa Mendonça, Prémio MAC' 2007 Revelação Pintura e fez a introdução à mostra desta pintora " esta cor de memórias feita" no espaço ANIMA Centro Cultural de Ponta Delgada e a convite da Câmara Municipal de Ponta Delgada , cidade natal da artista.


Dr.Álvaro Lobato de Faria,director coordenador do MAC-Movimento Arte Contemporânea ,apresentando a exposição, pintora Teresa Mendonça,Dra.Berta Cabral,Presidente da C.M. de Ponta Delgada,Dr. Decq Mota ,Director do ANIMA e Dr. José de Mello


Exma. Sra. Dra. D. Berta Cabral
Digníssima Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada
Exmo. Sr. Dr. José Mello,
Ilustres convidados e amigos
É com grande satisfação que estou hoje aqui, como director coordenador do MAC – Movimento Arte Contemporânea, agradecendo a possibilidade de apresentar a exposição da pintora Teresa Mendonça “esta cor de memórias feita”.
Agradeço a toda a equipe do ANIMA-CULTURA que tão eficientemente se colocou ao nosso dispor.
Congratulo-vos pelo vosso indiscutível contributo para a divulgação cultural e artística dos Açores, que certamente servirá de exemplo para iniciativas similares em outras instituições públicas ou não.

O significado deste evento é o de homenagear a pintora Teresa Mendonça pelo facto de lhe ter sido atribuído o prémio MAC’2007 Revelação-Pintura, que a instituição que dirijo atribui todos os anos ao conjunto de obras e ao Artista que mais se revelou durante os anos anteriores.
O percurso desta artista justifica inteiramente a atribuição do Prémio MAC’Revelação-Pintura que este ano lhe foi conferido.
Note-se que o MAC – Movimento Arte Contemporânea em Lisboa, espaço cultural largamente reconhecido nacional e internacionalmente por todas as instituições públicas ligadas à cultura tais como: a Assembleia da República, Fundação Calouste Gulbenkian, Sociedade da Língua Portuguesa, Instituto Camões, Embaixadas e Museus, onde frequentemente o MAC tem actuado através de inúmeras palestras e exposições, com especial incidência em todos os centros culturais das embaixadas de Portugal no Mundo Lusófono e com centenas de intervenções culturais nas universidades portuguesas e estrangeiras, na Televisão , Rádio e imprensa da especialidade ,sendo o único espaço cultural que anualmente atribui os Prémios MAC à imprensa, às instituições que mais colaboraram connosco durante o ano e aos artistas que mais se destacaram com o conjunto das suas obras nos múltiplos âmbitos.
Chamamos a atenção para o facto de a concepção e execução do troféu ser sempre executada a nosso convite por um escultor de grande mérito da Galeria, Professor Catedrático Escultor João Duarte, Prémio Mundial de Medalhística, no ano de 2002, em Paris.
Sendo estes prémios: os MAC’ Mérito e Excelência, Honorário, Prestigio, CARREIRA, Pintura, Escultura, Medalhística, Joalharia, Tapeçaria, Revelação, e ainda os Prémios MAC atribuídos à Instituição e Personalidade Cultural que mais se destacou, actuando (culturalmente) em parceria com o MAC, designados por um júri bastante qualificado, que é formado por grandes mestres das várias áreas especificas e pela direcção do MAC.
Esta grande iniciativa cultural estruturada e criada por mim de há 14 anos para cá tem sempre lugar na primeira 3ªfeira do mês de Julho de cada ano, e para a qual desde já convido Vossas Excelências e todos os amigos aqui presentes a conviver connosco nesse dia.

Esta exposição que a Pintora Teresa Mendonça, nos mostra agora, na sua terra de origem e que a artista, deste modo, tanto enobrece, patenteia, de facto, um conjunto de obras que, por si só, contam e percorrem as memórias de uma artista que viveu particularmente os horizontes atlânticos destas ilhas nos seus verdes luminosos, em que o por do sol nos presenteia com maravilhosos espectáculos de cor.

Fala-nos pela incidência desta cor que transporta e assume o papel de contador de histórias vividas, de interlocutor entre a obra e o espectador.

Assim, a pintura de Teresa Mendonça é uma demonstração de profunda sensibilidade e amadurecimento.
A sua linguagem é marcada por um jogo de alusões, ocultações e associações que apela à experiência existencial do observador, arrastando-o para desafios que deseja enfrentar, como se fizesse parte desse mundo ali proposto. As suas telas mostram exercícios de criação cromática, dos quais uns derivam de sistemas de aprendizagem e outros do próprio comportamento emocional da artista com a pintura, verdadeiramente demonstrativo do empenho, do ensaio e da vontade com que Teresa Mendonça enfrenta a intimidade do espaço, da cor e da luz, na ânsia de repensar a arte e o refazer artístico.

Em algumas destas telas somos confrontados com o intimismo dos antigos espaços musicados onde as melodias se escoam e ecoam em planos de tons surdos onde uma ou outra estridência nos chama para um mundo onde a luz se encontra, ou encontramo-nos ainda nas sombras de uma casa, onde o fazer é o passar dos dias na nostalgia precisa de uma infância longínqua.

Um ”ser total” surge do afecto inter cromático que se nos impõe como objecto procurado na sua intencionalidade de fazer parte do nosso universo de prazeres visuais, que encontraríamos fortuitamente num campo aberto de papoilas ou num mar suposto de Iemanjá.

Estamos, assim, perante a pintura que Teresa Mendonça nos propõe e que advém de um contacto permanente, afectivo e efectivo com a plasticidade das formas e a memória das coisas e do mundo.


Colocando-nos à vossa inteira disposição, bem como aos dois espaços MAC para qualquer forma de colaboração que V Ex.as. entendam conveniente para iniciativas, dentro das nossas actividades culturais, artísticas e pedagógicas,

agradeço e cumprimento respeitosamente V. Ex.as.

Álvaro Lobato de Faria
Director Coordenador do MAC
Movimento Arte Contemporânea

ANIMA

Ponta Delgada,

em 26 de Março de 2008

sábado, 22 de março de 2008

Inauguração de "tu não aconteces,quando eu te quero"



Dr. Álvaro Lobato de Faria, Director Coordenador do MAC


Movimento Arte Contemporânea



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Texto de abertura da exposição da


Pintora Maria João Franco


no Museu da Água,


em parceria com o


MAC-Movimento Arte Contemporanea


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Dra.Margarida Ruas, directora do Museu da Água
com o Dr. Álvaro Lobato de Faria,
director coordenador do MAC-Movimento Arte Contemporânea


Exma. Sra. Dra. D. Margarida Ruas,
Digníssima Directora do Museu da Água da EPAL,
Ilustres convidados e amigos
É com grande satisfação que estou hoje aqui, como director coordenador do MAC – Movimento Arte Contemporânea, agradecendo o convite que me foi dirigido para apresentar a exposição “tu não aconteces quando eu te quero” concebida e realizada pela pintora Maria João Franco.
Agradeço profundamente a toda a equipe e ao vosso gabinete, nomeadamente ao Dr. Pedro Inácio que tão eficiente e amigavelmente se colocou ao nosso dispor. Congratulo-vos pelo vosso indiscutível contributo para a divulgação cultural e artística deste País, que certamente servirão de exemplo para iniciativas similares em outras instituições públicas ou não.
O significado deste evento não precisa de maior aprofundamento que aquele que os seus promotores quiseram e tão bem souberam transmitir, conferindo-lhe esta forte vertente cultural e artística.
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Nesta exposição,”tu não aconteces quando eu te quero” que agora me é dado apresentar como Director coordenador do MAC-Movimento Arte Contemporânea, em colaboração com o Museu da Água, cujo conjunto se caracteriza por uma forte coerência formal e essencial, permeada por uma poética singular que não faz concessões de estilo, nem de moda, nem de modo, Maria João Franco perfaz o contorno, realiza o movimento, concretiza a ideia num imaginário pictórico único que lhe atribui um lugar marcante nas artes plásticas portuguesas.
Esta mostra patenteia, de facto, um conjunto de obras que, por si só, contam já, e de direito próprio, uma das páginas da história da arte hodierna deste país.
Esta pintura que aqui, nos é dado observar, tem uma estreita relação com o corpo, com o corpo das coisas, com a ideia primeira de matéria mater, que refaz incessantemente numa busca interminável, como se procurasse o princípio e o fim de um todo que sente ser o nosso, mas, na sua pesquisa, anseia sempre por um fim ou princípio outro.
Aqui assenta toda a diversidade da sua obra em que o fio condutor submerge e emerge, consentindo e confirmando toda a sua versatilidade como artista plástica, como criativa e autora.

No envolvimento cálido e terno nas pinturas que figuram a nossa condição, e que confere harmonia e beleza à trivialidade do quotidiano, sabe-se a vontade e o modo de subtrair riqueza plástica a um seu muito pessoal universo imagético.
O grafismo, aqui afirmado como elemento estilístico, afirma a autonomia da cor, que polariza e atrai a fluidez antropomórfica das formas, é na sua obra de uma importância fundamental.
Fala-nos pela incidência da cor que transporta e assume o papel de interlocutor entre a obra e o espectador.

Estamos agora perante uma artista sem hesitações, de um saber constante e ritmado, onde cada tomada de consciência nos abre o caminho para o seu mundo multidisciplinar, onde cada gesto tem o sabor de uma certeza.

A arte de Maria João Franco, extraordinariamente sensível na fluidez da linguagem das formas, na vigorosa materialidade da cor, na força e no encanto da sua evasão e do seu êxtase, é uma fascinante e esplêndida aventura espiritual e técnica.
As suas obras, são pois materialização de anseios e de sonhos, notas de realce, na Pintura Portuguesa Contemporânea.
A devoção e o grande profissionalismo, a continuidade e o grande empenho que Maria João Franco nos transmite nas suas obras, revelam-nos estar perante uma grande pintora e uma excelente artista, reconhecida não só em Portugal como internacionalmente
Em “tu não aconteces, quando eu te quero” título da exposição que agora nos apresenta no MUSEU DA ÀGUA, mostra-nos a sua constante evolução, a sua busca sem fadiga, a qualidade intranquila da sua poética, que faz de cada momento uma reencarnação imprevisível, nova uma conquista, um constante enriquecimento.
O vigor e qualidade do conjunto destas obras fará, com toda a certeza, que ele ocupe um significativo lugar na excelente pintura que Maria João Franco vem construindo e a que já nos habituou, confirmando o grande talento e sobretudo a surpreendente qualidade técnica e criativa desta grande artista das artes plásticas do nosso país.

Colocando-nos à vossa inteira disposição, bem como aos dois espaços MAC para qualquer forma de colaboração que V ex. entendam conveniente para quaisquer outras iniciativas, dentro das nossas actividades culturais e artísticas,
cumprimento respeitosamente V. Ex.ª.

Álvaro Lobato de Faria
Director Coordenador do MAC
Movimento Arte Contemporânea

quinta-feira, 20 de março de 2008

Colaboração com o Museu da Água "tu não aconteces quando eu te quero"


Ao longo de quarenta anos de carreira, Maria João Franco, tem vindo a ser uma intransigente pesquisadora de verdades e de liberdades interiores, não cessando de se transformar – mantendo-se, no essencial, fiel a si mesma.Maria João Franco perfaz o contorno, realiza o movimento, concretiza a ideia num imaginário pictórico único que lhe atribui um lugar marcante nas artes plásticas portuguesas.A sua arte tem uma estreita relação com o corpo, com o corpo das coisas, com a ideia primeira de matéria mater, que refaz incessantemente numa busca interminável, como se procurasse o princípio e o fim de um todo que sente ser o nosso, mas, na sua pesquisa, anseia sempre por um fim ou princípio outro.Aqui assenta toda a diversidade da sua obra em que o fio condutor submerge e emerge, consentindo e confirmando toda a sua versatilidade como artista plástica, como criativa e autora.No envolvimento cálido e terno nas pinturas que figuram a nossa condição, e que confere harmonia e beleza à trivialidade do quotidiano, sabe-se a vontade e o modo de subtrair riqueza plástica a um seu muito pessoal universo imagético.O grafismo, aqui afirmado como elemento estilístico, afirma a autonomia da cor, que polariza e atrai a fluidez antropomórfica das formas, é na sua obra de uma importância fundamental.Fala-nos pela incidência da cor que transporta e assume o papel de interlocutor entre a obra e o espectador.Estamos agora perante uma artista sem hesitações, de um saber constante e ritmado, onde cada tomada de consciência nos abre o caminho para o seu mundo multidisciplinar, onde cada gesto tem o sabor de uma certeza.A arte de Maria João Franco, extraordinariamente sensível na fluidez da linguagem das formas, na vigorosa materialidade da cor, na força e no encanto da sua evasão e do seu êxtase, é uma fascinante e esplêndida aventura espiritual e técnica.As suas obras, são pois materialização de anseios e de sonhos, notas de realce, na Pintura Portuguesa Contemporânea.A devoção e o grande profissionalismo, a continuidade e o grande empenho que Maria João Franco nos transmite nas suas obras, revelam-nos estar perante uma grande pintora e uma excelente artista, reconhecida não só em Portugal como internacionalmenteEm “tu não aconteces, quando eu te quero” título da exposição que agora nos apresenta no MUSEU DA ÀGUA, mostra-nos a sua constante evolução, a sua busca sem fadiga, a qualidade intranquila da sua poética, que faz de cada momento uma reencarnação imprevisível, nova uma conquista, um constante enriquecimento.O vigor e qualidade do conjunto destas obras fará, com toda a certeza, que ele ocupe um significativo lugar na excelente pintura que Maria João Franco vem construindo e a que já nos habituou, confirmando o grande talento e sobretudo a surpreendente qualidade técnica e criativa desta grande artista das artes plásticas do nosso país.Álvaro Lobato de FariaDirector Coordenador do MACMovimento Arte Contemporânea

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Tu não aconteces, quando eu te queroA obra de Maria João Franco é talvez o último reduto de sensualidade neste mundo cada vez mais individualista e asséptico.É pura poesia que habita na tela, na construção da cor e verbo — na palavra que é indissociável da obra final.Mais do que uma linguagem estética e uma metalinguagem através da palavra a artista criou uma translinguistica que contempla ambas.Uma translinguististica sobre o amor, sobre o corpo, sobre a sensualidade, sobre nós e sobre como nos relacionamos no tocar da pele, sobre o respeito no fogo do prazer, sobre a sacralidade da água que escorre de nós no extâse.“Tu não aconteces, quando eu te quero” é uma exposiçãosobre a dádiva e a negação no amor.Porque quando amamos e queremos e o outro ser não acontece, morre um pedaço de nós.Ensombra-se a claridade do amor puro e pára o movimento para a frente que o distingue.A Maria João Franco pinta esse jogo de claridade e sombra dos corpos e das almas, conhece dimensões imperceptíveis do amor e estuda o Mistério.Fala-nos de mulheres e homens que não se contentam em ser comuns e tentam ser Deus.


Agradeço à Maria João Franco a reverência do amor e a sua arte belíssima

e ao Álvaro Lobato de Faria o desafio permanente de unir e de desenvolver.


Margarida Ruas Gil Costa

Directora do Museu da Água

domingo, 9 de março de 2008

Pintura de Maria João Franco


Em estreita colaboração com o
Museu da Água da EPAL,
Álvaro Lobato de Faria ,
director do MAC-Movimento Arte Contemporânea,
organiza a exposição de pintura de
Maria João Franco
"tu não aconteces, quando eu te quero"
que vai ter lugar na
Galeria das Bombas,
Estação Elevatória dos Barbadinhos ,
com inauguração a 18 de Março de 2008, pelas 19 horas
e estará patente ao público até 19 de Abril de 2008.

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Esta mostra faz parte de um projecto mais amplo da pintora , que se prolongará numa outra mostra, em Abril e Maio de 2008 no espaço MAC.


tu não aconteces, quando eu te quero
não falas ainda, quando eu te escuto.
tu não dizes, quanto eu te encontro.

Tempos passados de saber sentido
Tempos esquecidos de saber sofrido
Não sabes ainda quanto eu te entendo.

Maria João Franco

Março 2008

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press release

Numa pesquisa, aliada a uma auto reflexão constante do ser/estar criado e recriado, ainda que numa atmosfera imersa, paradigma de todas as realizações encontradas, e não…
Que o título das duas exposições: “tu não aconteces, quando eu te quero” denuncia já a busca incessante do encontro efectivo e afectivo com a “coisa” amada.
O universo plástico em que me situo denuncia-se pelo equívoco meio das ilusões em que as leituras várias se sobrepõem deixando ao espectador o disfarce amplo para as múltiplas e constantes leituras.
“tu não dizes, quanto eu te encontro” negação aparente de dialogo com a ”coisa” em que o “quanto” nega ainda o dar a conhecer a infinidade das possibilidades dele mesmo.
“não sabes ainda quanto eu te entendo” é o passo anunciado para a próxima realização em que o acto está já contido no “tu não te encontras, quando eu te quero” : -impossibilidade de simultaneidade de actos e realizações de ser e estar afectivo e efectivo.
Poema/projecto de formalização autobiográfica e plástica, “tu não aconteces, quando eu te quero” tem lugar no Museu da Água da EPAL, Galeria das Bombas em 18 de Março a 19 Abril e de 29 de Abril a 30 de Maio no MAC-Movimento Arte Contemporânea, em Lisboa.
Maria João Franco,8 de Março de 2008 ,Lisboa

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