Créditos

Direcção,Organização,Redacção: Álvaro Lobato de Faria

domingo, 21 de outubro de 2007

Álvaro Lobato de Faria apresentando "AS FORMAS DO EXISTIR" de NELSON DIAS



Álvaro Lobato de Faria apresentando

"As Formas do Existir" de Nelson Dias




Falar da pintura de Nelson Dias é tarefa difícil e apaixonante.
Pintor de formação sériamente académica, e digo seriamente, porque não é fácil assumi-lo em dias que correm, em épocas em que o fazer não evoca de todo o conhecimento, a capacidade e talento de quem o faz.
Na sua multifacetada capacidade como artista e pedagogo, Nelson Dias conquistou sem esforço, nem disfarce, a apreciação de fruidores e alunos.
A imensa e global tendência de interesses fez deste Artista um dos maiores criativos portugueses do sec. XX.
Como tal, e numa ”aventura” marcadamente portuguesa, foi desde sempre contestado, pelos “menores”, nos seus efémeros pedestais …
Uma série de jogos em cadeia, como os que diariamente se repetem ao nível das pseudo-culturas deste país, submergindo tudo e todos aqueles que se revelam e são, de facto, provadamente superiores, rodeou este homem, que deveria ter sido louvado em vida por todos os que com ele conviveram.

Alguns críticos souberam abordar sabiamente a sua obra, como distinta e soberana.
Falamos de Margarida Botelho, Emídio Rosa Oliveira, Isabel Carlos, Porfírio Alves Pires.
Falamos ainda de toda a critica ligada à nova banda desenhada de que Nelson Dias foi pioneiro em Portugal, com “Wânya-Escala Orongo”, cuja 2ªedição virá agora a público.
Nelson Dias deixou com o seu prematuro desaparecimento uma obra digna de ser reapreciada por quem de direito, por críticos e historiadores deste tempo, categorizados, e à sua altura e capacidade.

É, por tudo isto, que o MAC-Movimento Arte Contemporânea tem o orgulho maior em apresentar esta retrospectiva “As Formas do Existir” de parte da obra de Nelson Dias que merece de todos nós, de todas as áreas de actividade, o maior respeito e esperamos, com toda a determinação e orgulho, ter levantado a ponta do véu que cobre esta obra de tanta ingratidão e silêncio.

Álvaro Lobato de Faria
Director Coordenador do MAC-Movimento Arte Contemporânea




















Texto do Comunicado ao Corpo Docente da FBA.UL



Queremos agradecer à Professora Dra. Cristina Azevedo Tavares, ao Professor Escultor João Duarte e à Professora Pintora Marília Viegas, a sua presença quando da inauguração da retrospectiva do Professor Nelson Dias, falecido em 1993, e lamentar profundamente a ausência e o silêncio de qualquer outro elemento do corpo docente dessa Faculdade (F.B.A.-U.L.), que muito evidente se tornou e severas críticas levantou.
Agradecemos a sentida e extraordinária comunicação feita pelo Professor Escultor João Duarte sobre a obra e personalidade do Professor Pintor Nelson Dias, que certamente ficará na memória das inúmeras pessoas que estavam presentes.
Foi pena que não tenha sido feita a devida divulgação da importante exposição (que se encontrará patente ao público até 30 de Novembro no MAC-Movimento Arte Contemporânea, no seu espaço da Av. Álvares Cabral 58-60 em Lisboa);
exposição essa, com que os alunos dessa Faculdade muito aprenderiam, pois iriam ter conhecimento sobre a obra de um pintor considerado e recordado ainda hoje, como um dos melhores do século XX e muito difícil de ser substituído.

Álvaro Lobato de Faria

Director coordenador do MAC


Maria João Franco

Pintora






Dr. Álvaro Lobato de Faria lendo o comunicado à Imprensa



Texto do comunicado à Imprensa


Caros Amigos
Foi com grande mágoa que presenciamos na inauguração da retrospectiva do grande professor Pintor NELSON DIAS a falta de docentes e alunos da Faculdade de Belas Artes, apesar da enorme divulgação feita por nós, tanto colectivamente como individualmente e devidamente personalizada, o que muito se lamenta dada a grande importância e qualidade do evento.
Para Vosso conhecimento, e por se tratar de além de uma grande exposição, também de um evento altamente pedagógico e que muito serviria para uma melhor aprendizagem do ofício, não só para alunos, como também para professores, muitos dos quais foram colegas directos de Nelson Dias, enviámos o comunicado para todos os docentes e órgãos directivos da Faculdade, que juntamos. Como a cultura está pobre em Portugal ou como os vivos temem a competição, com quem infelizmente, já cá não se encontra!!! É de lamentar.

Peço me desculpem este meu desabafo mas como Amigos que os considero, faz-me bem desabafar convosco, este triste episódio.

Abraço muito amigo do

Álvaro Lobato de Faria