Créditos

Direcção,Organização,Redacção: Álvaro Lobato de Faria

sexta-feira, 27 de julho de 2007

Lançamento do livro PERCEPÇÂO DO OLHAR XVIII Semana Cultural das Velas



Lançamento de "Percepção do Olhar"

São Jorge - Açores
Palestra
"Representação da Imagem Feminina na Pintura"

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Curriculum


Álvaro Manuel Lobato de Faria Gomes
Natural de Castelo Branco onde nasceu em 1943, é licenciado em Matemáticas Puras e Matemáticas – Ramo Educacional pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
De 1963 a 1997, leccionou em diferentes vertentes de ensino, desde o ensino secundário ao ensino académico na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
É fundador e Director-Coordenador, desde 1993, do MAC – Movimento Arte Contemporânea, espaço cultural e comercial onde tem vindo a desenvolver diversas actividades de curadoria, promovendo centenas de exposições de artistas consagrados e emergentes, nomeadamente nas áreas da Pintura, Escultura, Joalharia, Medalhística, Cerâmica e Fotografia.
Paralelamente, acumulou experiência na gestão de coleccções particulares e empresariais, desenvolvendo actividade enquanto marchand e consultor artístico a nível particular e institucional, nomeadamente enquanto colaborador do Museu da Assembleia da República, desde 2000, a convite da instituição.
Nesta área destaca-se ainda como autor de diversas publicações sobre o mercado das Artes Plásticas e a sua Bolsa de Valores.
A sua actividade estende-se igualmente à crítica de arte, tendo publicado diversos textos e artigos, e realizado dezenas de palestras a convite das mais prestigiadas instituições nacionais e internacionais com quem tem estabelecido parcerias e intercâmbios culturais.
Neste sentido, tem participado em inúmeros congressos e iniciativas culturais respeitantes às Artes Plásticas, tanto a nível nacional como internacional, destacando-se o trabalho desenvolvido com as comunidades lusófonas.
Ao longo dos anos tem vindo a colaborar na realização de inúmeros programas de impacto cultural e pedagógico emitidos por televisões e rádios de vários países.
Exerce funções enquanto Director do Gabinete de Arte da Sociedade de Língua Portuguesa e Director-Honorário da edição on-line do jornal CasaAmarela5b.
Em 1994 foi agraciado com Prémio de Melhor Galerista Internacional, pelo Centro Cultural Villa Riso, Brasil; e com o troféu Ana Bernacchi pela Companhia das Artes, em Búzios , Brasil.
Em 1998 e 1999 foi agraciado pela Junta de Freguesia de Santa Isabel com o Prémio de Colaboração Cultural, pelo trabalho desenvolvido pela Espaço Cultural MAC – Movimento Arte Contemporânea na freguesia.
Entre 2000 e 2004 foi nomeado pelo Instituto Camões, Curador e Comissário das Exposições Artes Plásticas a realizar em Cabo Verde e Guiné Bissau.

Em 2006 é homenageado pela Sociedade da Língua Portuguesa.


Principais Actividades Desenvolvidas

2008
Instituições: MAC / Colégio Militar
Local: Colégio Militar
Actividades desenvolvidas: Protocolo para intercâmbio cultural;
Organização da Mesa Redonda sobre o tema “Ser Artista Hoje”;
Curadoria da exposição de Pintura de Ana Tristany;

Instituições: MAC / Academia das Artes dos Açores
Local: São Miguel, Açores
Actividade desenvolvida: Protocolo para intercâmbio cultural

Instituições: MAC / Câmara Municipal de Ponta Delgada
Local: Centro Municipal de Cultura - São Miguel, Açores
Actividade desenvolvida: Curadoria da Exposição de Pintura de Teresa Mendonça – “Esta Cor de Memórias Feita”

Instituições: MAC / Museu da Água da EPAL
Local: Estação elevatória dos Barbadinhos - Lisboa
Actividade desenvolvida: Curadoria da Exposição de Pintura de Maria João Franco - “Tu não aconteces quando eu te quero”

Instituições: MAC / Departamento de Relações Internacionais - Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas
Local: Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas – Lisboa
Actividade desenvolvida: Curadoria, realização de palestras

Instituições: MAC / Defeses Fine Arts PR Agency
Local: Madrid
Actividade desenvolvida: Intercâmbio Cultural

Instituições: MAC / Revista Cultural “Madrid – Arte y Cultura” (Dir. Bogdan Ater)
Local: Madrid
Actividade desenvolvida: Intercâmbio Cultural

Instituições: MAC / Instituto de Humanidades da UNIGRANRIO - Universidade de Grande Rio do Sul
Local: Brasil
Actividade desenvolvida: Colaboração na Revista Electrónica do Instituto de Humanidades

Instituições: MAC / Centro de Investigação Volte Face – Medalha Contemporânea da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa
Local: Reitoria da Universidade de Lisboa
Actividade desenvolvida: Conselho de Honra da Exposição Comemorativa do 10º Aniversário do Volte Face – Medalha Contemporânea

2007
Instituições: MAC / Centro de Investigação Volte Face – Medalha Contemporânea da FBAUL
Local: Lisboa
Actividade desenvolvida: Intercâmbio Cultural

Instituições: MAC / Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa
Local: Fábrica de Braço de Prata - Lisboa
Actividade desenvolvida: Realização da Palestra “Constantin Brancusi”

Instituições: MAC / Instituto Cultural Romeno / Sociedade de Língua Portuguesa
Local: Sociedade de Língua Portuguesa - Lisboa
Actividade desenvolvida: Realização da Palestra “Constantin Brancusi” em homenagem ao escultor

2006
Instituições: MAC / Casa Amarela 5b
Local: Internet
Actividade desenvolvida: Director-Honorário da edição on-line do jornal CasaAmarela5b

Instituições: MAC / DOVE Sculpture Awards 2006
Local: Galeria Antiks - Lisboa
Actividade desenvolvida: Júri de Selecção do Prémio DOVE Sculpture Awards

Instituições: MAC / Câmara Municipal de Lisboa
Local: Biblioteca Municipal Orlando Ribeiro - Lisboa
Actividade desenvolvida: Curadoria da Exposição de Pintura de Romeo Niram; Realização da palestra “Brancusi”

Instituições: MAC / Revista Niram Art
Local: (ed.) Madrid
Actividade desenvolvida: Intercâmbio cultural

2005
Instituições: MAC / Câmara Municipal de Velas
Local: Salão Nobre da Câmara Municipal de Velas – São Jorge, Açores
Actividade desenvolvida: Realização de palestras e curadoria da Exposição Colectiva de Artes Plásticas – 18ª Semana Cultural de Velas

Instituições: MAC / Revista ZURGAI
Local: MAC- Movimento Arte Contemporânea - Lisboa
Actividade desenvolvida: Lançamento da Revista “ZURGAI -poesia portuguesa”; Exposição Colectiva de Pintura e Escultura

2004
Instituições: MAC / Centro Internacional de Medalha do Seixal - CMS
Local: Fórum Cultural do Seixal
Actividade desenvolvida: Realização da palestra “João Duarte – um pioneiro da medalha-objecto em Portugal”

Instituições: MAC / Câmara Municipal de Angra do Heroísmo
Local: Centro de Congressos de Angra do Heroísmo
Actividade desenvolvida: Curadoria das exposições de Artes Plásticas, realização de palestras e organização de workshops de Artes Plásticas

Instituições: MAC / Instituto Camões / Embaixada de Portugal em Bissau
Local: Centro Cultural Português em Guiné Bissau e Escola Superior Tshico Té – Universidade da Guiné Bissau
Actividade desenvolvida: Curadoria e comissariado das exposições de Artes Plásticas, realização de palestras e organização de workshops de Artes Plásticas. Acções de formação para professores e alunos do ensino universitário.

2003
Instituições: MAC / Centro Internacional de Medalha do Seixal - CMS
Local: Fórum Cultural do Seixal – III Bienal Internacional de Medalha Contemporânea
Actividade desenvolvida: Realização de palestras sobre a obra de Medalhística de João Duarte e Rui Vasquez

Instituições: MAC / Câmara Municipal de Aljustrel
Local: NAVA – Núcleo de Artes Visuais de Aljustrel - Aljustrel
Actividade desenvolvida: Curadoria da Exposição de Artes Plásticas do Grupo Paralelo; Realização de palestras na III Feira do Campo Alentejano

Instituições: MAC / Universidade Aberta
Local: Lisboa
Actividade desenvolvida: Intercâmbio Cultural

2002
Instituições: MAC / Instituto Politécnico de Lisboa
Local: Instituto Politécnico de Lisboa - Lisboa
Actividade desenvolvida: Curadoria da Exposição de Artes Plásticas e Realização de palestras

Instituições: MAC / Galeria da Casa do Tempo
Local: Castanheira de Pêra
Actividade desenvolvida: Curadoria da Exposição Colectiva de Artes Plásticas

2001
Instituições: MAC / Sociedade de Língua Portuguesa
Local: Sociedade de Língua Portuguesa - Lisboa
Actividade desenvolvida: Realização da palestra “A representação do Eterno Feminino nas Artes Plásticas Portuguesas” / Ciclo de Conferências

Instituições: MAC / Universidade Estadual de Londrina / Instituto Camões / Sociedade da Língua Portuguesa
Local: Universidade Estadual de Londrina - Brasil
Actividade desenvolvida: Realização da Palestra " A Representação da Imagem Feminina nas Artes Plásticas" (premiada pela Imprensa) no “I Encontro Internacional de Representação da Imagem Feminina”

Instituições: MAC / Câmara Municipal de Celorico da Beira
Local: Linhares da Beira
Actividade desenvolvida: Curadoria das exposições de Artes Plásticas e realização de palestras nos "Encontros de Artes e Letras de Linhares da Beira"

2000
Instituições: MAC / Sociedade da Língua Portuguesa
Local: Sociedade da Língua Portuguesa
Actividade desenvolvida: Direcção do Gabinete de Arte da Sociedade de Língua Portuguesa

Instituições: MAC / Sociedade da Língua Portuguesa / Câmara Municipal de Celorico da Beira
Local: Fundação de Celorico da Beira
Actividade desenvolvida: Curadoria das exposições de Artes Plásticas e realização de palestras no “I Encontro de Poesia de Celorico da Beira - Comemorações do Centenário do Nascimento de José Régio”

Instituições: MAC / Sociedade da Língua Portuguesa / Instituto Camões / Embaixada de Portugal em Cabo-Verde / Ministério da Cultura de Cabo- Verde
Local: Centro Cultural da embaixada de Portugal em Cabo-Verde – Cidade da Praia
Actividade desenvolvida: Curadoria e comissariado da exposição de Artes Plásticas “Artistas Portugueses Contemporâneos” e realização de palestras no “I Encontro de Intelectuais Portugueses e Cabo-verdianos”

1999
Instituições: MAC / Câmara Municipal de Abrantes
Local: Claustros do Convento de São Domingos
Actividade desenvolvida: Curadoria das exposições de Artes Plásticas e realização de palestras no II Festival do Imaginário.

Instituições: MAC / Reitoria da Universidade de Lisboa
Local: Átrio dos Passos Perdidos – Reitoria da Universidade de Lisboa
Actividade desenvolvida: Curadoria da exposição de Artes Plásticas integrada na Cerimónias de Abertura do Ano Académico 1999/2000

Instituições: MAC / Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária
Local: Átrio dos Passos Perdidos – Reitoria da Universidade de Lisboa
Actividade desenvolvida: Curadoria da exposição de Artes Plásticas integrada nas Cerimónias Comemorativas dos 80 anos da SPEMD

1998
Instituições: MAC / Câmara Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo
Local: Câmara Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo
Actividade desenvolvida: Curadoria da exposição de Artes Plásticas "Um Olhar sobre o Côa" e realização de palestras sobre arte contemporânea portuguesa.

1997
Instituições: MAC / Câmara Municipal de Lisboa / Afro Agency
Local: Doca de Alcântara – Porto de Lisboa
Actividade desenvolvida: Curadoria da exposição de Artes Plásticas integrada na Semana da CPLP

1996
Instituições: MAC / Câmara Municipal de Abrantes
Local: Câmara Municipal de Abrantes
Actividade desenvolvida: Curadoria da exposição de Artes Plásticas e realização de palestras integradas no I Festival do Imaginário

1995
Instituições: MAC / Ordem dos Engenheiros
Local: Centro Cultural de Belém
Actividade desenvolvida: Curadoria da exposição de Artes Plásticas comemorativa do Dia Nacional do Engenheiro

Instituições: MAC / Embaixada de França em Portugal
Local: MAC – Movimento Arte Contemporânea
Actividade desenvolvida: Curadoria da exposição de Pintura de Patrick Strohaye

Instituições: MAC / Companhia das Artes
Local: Búzios, Brasil
Actividade desenvolvida: Intercâmbio Cultural - Curadoria da exposição de Pintura de Luís Vasconcelos; realização de palestras sobre Arte Contemporânea Portuguesa.

Instituições: MAC / Centro Cultural Villa Riso
Local: Rio de Janeiro, Brasil
Actividade desenvolvida: Curadoria da exposição de Pintura de Luís Vasconcelos; realização de palestras sobre Arte Contemporânea Portuguesa a convite de Cesarina Riso

1994
Instituições: MAC / Embaixada da Finlândia em Portugal
Local: MAC – Movimento Arte Contemporânea
Actividade desenvolvida: Curadoria da exposição de Pintura de Markku Piri

sábado, 21 de julho de 2007

Homenagem a Álvaro Lobato de Faria pela Sociedade de Língua Portuguesa


Jantar de homenagem

A Álvaro Lobato de Faria

promovido pela Sociedade de Língua Portuguesa

































sexta-feira, 20 de julho de 2007

EM ABONO DA VERDADE...

O M.A.C. - Movimento de Arte Contemporânea, Sociedade Comercial, dedica-se à Administração e Gestão de espaços destinados ao exercício de artes plásticas e afins, Consultoria (exceptuando a jurídica ou qualquer outra que dependa de autorizações especiais) bem como à Exploração de Acontecimentos Culturais naquele mesmo âmbito.

No exercício da sua actividade, o M.A.C. promove a realização de eventos culturais, designadamente, exposições de pintura e escultura.

Em meados do mês de Abril de 2004, o Director Coordenador do M.A.C., foi contactado para participar na realização de uma Exposição de Pintura e Escultura Contemporâneas, no Centro de Congressos de Angra do Heroísmo (C.C.C.A.H.).

Essa Exposição realizou-se no C.C.C.A.H. entre o dia 17 de Setembro e o dia 29 de Outubro de 2004.

No referido evento foi apresentada uma Exposição Colectiva com obras de Alberto Cedrón, Alfred Opitz, António Carmo, Artur Bual, Carmo Pólvora, Cruzeiro Seixas, Figueiredo Sobral, Graciete Rosa Rosa, Hilário Teixeira Lopes, José Vicente, Juan Sánchez Lopez, Luisa Nogueira, Lurdes Leite, Manuela Pinheiro, Marília Viegas, Nuno Castelo Branco, Onik e Exposição Individual de pintura de Ricardo Paula e medalhística do Escultor Professor João Duarte.

A exposição decorreu de modo exemplar, não tendo sido registadas quaisquer situações de dano no que respeita à integridade das obras apresentadas, não obstante o facto de não ter tido muito afluência de visitantes.

Terminada a exposição, procedeu-se ao embalamento das obras de medalhística do Escultor Professor João Duarte e ao empacotamento de todas as obras apresentadas na Exposição Colectiva e na Exposição Individual de Ricardo Paula.

Regressados a Lisboa, na Sede da M.A.C., verificou-se que faltava o quadro do pintor CRUZEIRO SEIXAS, que contém as seguintes características: desenho sobre papel, dimensões de 30x20 cm, ano de 1952, cujo valor é de 8000 Euros, sem IVA incluído, constando da listagem de peças presentes na exposição.

Até à presente data, o quadro do pintor CRUZEIRO SEIXAS não foi encontrado, não obstante a realização de diligências destinadas ao apuramento das razões do desaparecimento da obra em causa.

O M.A.C. teve de proceder ao pagamento correspondente ao valor de mercado da obra em causa, ao seu respectivo proprietário, como se de uma indemnização se tratasse, uma vez que o quadro desaparecido tinha sido emprestado ao M.A.C. para valorizar a exposição em causa.

O M.A.C. encontra-se prejudicado pelas consequências derivadas do desaparecimento da obra em causa, designadamente no pagamento da quantia referida bem como na sua imagem de credibilidade, além de privado da referida obra.
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in jornal "A UNIÃO" de Angra do Heroísmo - Terceira - Açores
Quinta-Feira
Dia 02 de Agosto de 2007

reportagem de Humberta Augusto
Fotos de Isabel Costa
www.auniao.com


Quadro desaparecido - Sociedade artística lesada com Centro Cultural de Angra

O Movimento Arte Contemporânea (MAC) afirma-se lesado com o Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroísmo.
O caso reporta-se a 2004, com o desaparecimento de quadro no valor de 8 mil euros que o MAC teve de reembolsar ao proprietário da obra.

Acima de tudo, o director do MAC - Movimento Arte Contemporânea de Lisboa, Álvaro Lobato de Faria, diz ter ficado com “uma mágoa muito grande” com a gestão do Centro Cultural e de Congressos de Agra do Heroísmo (CCAH).
O caso remonta a 2004 quando após uma exposição de pintura e escultura contemporâneas, há o desaparecimento de um quadro cujas investigações da Polícia Judiciária local, já concluídas, revelaram-se infrutíferas.
Contactado pel´ “a União”, o responsável ficou incrédulo com a conclusão, há cerca de dois meses, do trabalho policial: “qual não foi o meu espanto quando soube que o processo foi arquivado”.
Álvaro Lobato de Faria é peremptório ao afirmar que “o M.A.C. encontra-se prejudicado pelas consequências derivadas do desaparecimento da obra em causa”, não só porque teve de proceder do valor da obra ao seu proprietário, um coleccionador privado, “bem como na sua imagem de credibilidade”.
Estas são algumas das considerações que o responsável pela sociedade comercial de arte quis tecer publicamente, após a conclusão da investigação, através de vários blogs que faz questão em publicitar: www.movartecontemporanea.blogspot.com e em www.alvarolobatodefaria.blogspot.com.

Pintura em falta

Em meados do mês de Abril de 2004, explica em pormenor, o director Coordenador do M.A.C., foi contactado para participar na realização de uma exposição de pintura e escultura contemporâneas, no CCAH.
A exposição colectiva realizou-se no C.C.C.A.H. entre o dia 17 de Setembro e o dia 29 de Outubro de 2004 tendo sido apresentada obras de Alberto Cedrón, Alfred Opitz, António Carmo, Artur Bual, Carmo Pólvora, Cruzeiro Seixas, Figueiredo Sobral, Graciete Rosa Rosa, Hilário Teixeira Lopes, José Vicente, Juan Sánchez Lopez, Luisa Nogueira, Lurdes Leite, Manuela Pinheiro, Marília Viegas, Nuno Castelo Branco, Onik e Exposição Individual de pintura de Ricardo Paula e medalhística do Escultor Professor João Duarte.
“A exposição decorreu de modo exemplar, não tendo sido registadas quaisquer situações de dano no que respeita à integridade das obras apresentadas, não obstante o facto de não ter tido muito afluência de visitantes”, descreve, acrescentando que “terminada a exposição, procedeu-se ao embalamento das obras de medalhística do Escultor Professor João Duarte e ao empacotamento de todas as obras apresentadas na Exposição Colectiva e na Exposição Individual de Ricardo Paula”.
“Regressados a Lisboa, na Sede da M.A.C., verificou-se que faltava o quadro do pintor Cruzeiro Seixas, que contém as seguintes características: desenho sobre papel, dimensões de 30x20 cm, ano de 1952, cujo valor é de 8000 Euros, sem IVA incluído, constando da listagem de peças presentes na exposição”.

MAC indemnizou
proprietário

Até à presente data, aponta, o referido quadro não foi encontrado “não obstante a realização de diligências destinadas ao apuramento das razões do desaparecimento da obra em causa”.
“O M.A.C. teve de proceder ao pagamento correspondente ao valor de mercado da obra em causa, ao seu respectivo proprietário, como se de uma indemnização se tratasse, uma vez que o quadro desaparecido tinha sido emprestado ao M.A.C. para valorizar a exposição em causa”.
Volvidos três anos sobre o caso, o responsável é claro: “nunca fui tão mal tratado como na ilha Terceira”.
“Nunca me tinha acontecido uma situação destas”.
Perante este incidente, o director do MAC desaconselha o CCAH: “não voltarei a expor no CCAH enquanto estiver à frente do centro as mesmas pessoas que estiveram na altura”.
Contactada pelo nosso jornal, a vereadora da Cultura, Luísa Brasil refere lamentar o “episódio infeliz”: “nós fizemos todos os esforços para resolver essa situação” e acresce compreender que o MAC não queira expor no CCAH dadas as circunstâncias.
A responsável apontou ainda que o CCAH goza de boa reputação junto da comunidade artística: “nós temos cartas de boa recomendação de muitos outros artistas”.

Diálogos...

Num processo de memória agarrado ao espaço dos aromas, do toque e do registo das cores e culturas distantes deixo-me todos os instantes mergulhar nesta envolvência que me cerca e me abraça. O antes, o agora e o todo que me espera.
Para o desejo de menino de me ligar ao mundo pela dedicação ao trabalho na Saude e um desejo alimentado pelo espaço que me criou ligado à cor e à Arte, isso aconteceu.
Esse mundo levou-me à meditação e à escrita. Registos que ficam e nos marcam.
Já longe no tempo sempre na busca do conhecimento pelos Grandes Mestres, quer nacionais ou simplesmente Grandes Mestres na formulação de Épocas e Estilos Plásticos na História da Humanidade e neste aglotinar de conceitos, estilos e desenvolvimento pela progressão da Arte faz-se consistência deste todo que em cada um de nós artistas, críticos e promotores honestos e conhecedores desta Área tão exigente se deseja.
Esse conhecimento deve-se a um trabalho profundo da consciência e raciocínio. Obriga-nos a um trabalho ímpar. A investigação interna da mente, o do choque profundo e o de reunir das particulas, desenvolve-se e nasce-se de novo.
Chegados extenuados e revividos, é exactamente aqui que Homens Julgadores, Juízes de avaliação, honestos e igualmente parceiros de consciência e racíocinio assentes num julgamento de qualidade e valor, por vezes negando o que ontem era verdade, é não um acto de coragem mas isso sim, a Verdade. E a História está segura desses valores Humanos.
Pois pela mão de uma dessas Mestres (citação acima) cheguei a ti Álvaro. A Maria João Franco. E existe um previlégio. O de passar a tua avalição. Fazer parte do elenco do M.A.C. Essa é a avaliação do Homem, do Pedagogo, do Conferêncista, do Julgador.
Do Álvaro, o Amigo, junto-me ao grande número dos que te admiram e te protegem. Todos sabemos o Alto Grau que ocupas nas Artes Portuguesas e de avaliação internacional e são valores como tu Álvaro que fazem mudar a História. Bem hajas e nunca nos faltes, porque sem ti ficamos, o País e o mundo das Artes, muito pobres.
Registo um pensamento meu numa madrugada de Abril de 2001 que diz: nunca te arrependas de encontrar um pedaço de ti. Um abraço grande ao grande Amigo Homemde Ciência e Cultura.
João Abreu

----- Original Message -----
From: Maria João Franco
To: info@casamarela5b.com
Sent: Thursday, July 19, 2007 10:32 PM
Subject: Fw: A enviar correio electrónico: alvarolobatodefaria.blogspot.com

----- Original Message -----
From: Maria João Franco
To: Shirley Carreira
Sent: Thursday, July 19, 2007 10:23 PM
Subject: Re: A enviar correio electrónico: alvarolobatodefaria.blogspot.com
Shirley,obrigada pelas suas palavras.
O seu texto deixou de estar visivel porque eu tive que passa-lo para off-line para inserir uma fotos que o Álvaro me tinha pedido. Isso acontece quando ele me pede para alterar qualquer iten.
Há poucos dias ele telefonou-me em pãnico porque uma parte do blog tinha desaparecido. Afinal era eu que estava a trabalhar nele para o poder republicar.

Quanto a mim, tive a imensa felicidade de conhecer uma pessoa única que é o Álvaro com quem colaboro a cem por cento de alma e coração. Ele reune todas as características que eu considero imprescindiveis num ser para se poder construir um mundo melhor.
Reencontrei no Álvaro o que perdi com o desaparecimento de meu Pai que eu tanto adorava e de meu marido que era um excelente profissional como professor e pintor.
Posso assim ter a felicidade de poder trabalhar de uma forma aberta, sincera e sem preconceitos.
É uma honra maior ter um Amigo assim .
Em breve lhe enviarei alguns textos ,poemas e pintura de minha autoria.
Também lhe darei a conhecer a obra de meu Pai que era dramaturgo.
Enfim,uma vida... que a pouco e pouco lhe irei contando.
Receba um grande abraço
Maria João
----- Original Message -----
From: Shirley Carreira
To: Maria João Franco
Sent: Thursday, July 19, 2007 1:36 PM
Subject: Re: A enviar correio electrónico: alvarolobatodefaria.blogspot.com
Cara Maria João,

Bom dia! Não fiquei triste. Achei o blog lindíssimo. Apenas havia comentado com ele que há dias,por acaso, havia encontrado o blog na net e visto o meu texto na abertura e depois ele já não estava. Fico feliz por ele ser meu amigo e por meu texto estar lá no blog, eternizando a nossa amizade.
Também eu gosto muito daquele texto. Foi feito com o coração. Alvaro é um querido amigo. Apesar de nos vermos pouco, dada a distância física, ele está sempre na minha lembrança.
Parabéns pelo teu belo trabalho. O blog está lindíssimo e expressa o dinamismo e a beleza da alma de nosso amigo.
Aliás, o blog do MAc também está excelente. Espero que possamos nos ver um dia, quando eu retornar a Portugal.
Se puderes, escreva-me contando-me um pouco de ti também.
Terei prazer em ter mais uma amiga nessa terra que eu amo, que é Portugal.
Beijinhos

Shirley
----- Original Message -----
From: Maria João Franco
To: Shirley Carreira
Sent: Thursday, July 19, 2007 6:11 AM
Subject: Re: A enviar correio electrónico: alvarolobatodefaria.blogspot.com
Cara Shirley,bom dia!
Acabo de falar com o Álvaro e ele disse-me que a Shirley ficou um pouco triste com a colocação do seu texto.
Sou eu que estou a tratar do blog do Álvaro que surgiu da ideia de colocar não só o seu texto em destaque com a sua foto como um carinho para si.
O primeiro post que foi colocado foi precisamente o seu texto que eu pessoalmente acho optimo e comovente e depois o resto das fotos e os pequenos textos dos pintores e colaboradores.
Estive ontem todo o dia e com todo o carinho a recompôr no blog o post "Apologia a um mecenas do 3º milénio" que é precisamente o título do seu texto, para que a Shirley o pudesse ver antes de sair do Rio.
Reveja-o se tiver tempo, e verá que não terá razão para estar triste.
Aliás esse post foi feito a pedido do Álvaro em homenagem a si.
Um abraço
Maria João Franco
----- Original Message -----
From: Shirley Carreira
To: Maria João Franco
Sent: Thursday, July 19, 2007 12:27 AM
Subject: Re: A enviar correio electrónico: alvarolobatodefaria.blogspot.com
Cara Maria,

Muitíssimo obrigada. Visitarei todos os blogs com prazer.
Receba o meu abraço.

Shirley
----- Original Message -----
From: Maria João Franco
To: Shirley Carreira
Sent: Wednesday, July 18, 2007 5:08 PM
Subject: A enviar correio electrónico: alvarolobatodefaria.blogspot.com
Shirley,
o nosso querido Amigo Álvaro pediu-me que lhe enviasse o "blog" dele.
Ainda tem algumas falhas,mas já dá para matar algumas saudades.
Envio-lhe também o do MAC e já agora o meu.
É uma apresentação "virtual"...

http://www.movartecontemporanea.blogspot.com/
http://www.mariajoaofranco.blobspot.com/

Pode ainda aceder aos sites que mencionam o Álvaro no Google pesquizando :"alvaro lobato faria" e "alvaro lobato de faria". Assim acede a sites portugueses e estrangeiros.

Espero que nos conheçamos em breve.
Receba entretanto um abraço pela nossa comum a profunda Amizade e Admiração pelo Álvaro

Maria João Franco

A mensagem está pronta para ser enviada com os anexos de ficheiro ou ligação que se seguem:Atalho para: http://alvarolobatodefaria.blogspot.com/Nota: Para proteger de vírus de computador, os programas de correio de electrónico podem impedir o envio e a recepção de certos tipos de anexos de ficheiros. Verifique as definições de segurança de correio electrónico para determinar como são manipulados os anexos.

sábado, 14 de julho de 2007

No 11º ANIVERSÁRIO DO MAC - Movimento Arte Contemporânea



11º Aniversário do MAC



Homenagem a Álvaro Lobato Faria



Neste 11º Aniversário do MAC que o comemoras juntamente com os artistas desta casa e amigos, quiseste assinalá-lo com a publicação de um livro que tem como tema central «a percepção do olhar» , que é, Álvaro, a do teu olhar sobre aquilo que te rodeia.



E soubeste escolher quem te iria desnudar a alma através do «flash» e da lente. Escolheste alguém que tem muito de comum contigo no modo de estar na vida.



Rosa Reis é uma artista em toda a acepção da palavra, pela alegria que transmite aos outros, pela sua generosidade, pela forma idealista como encara a sua arte e pela originalidade e perspicácia como capta os melhores ângulos de um rosto, de um gesto, de um movimento ou de vários aspectos do quotidiano, transformando os factos em artefactos.



Quanto a ti, Álvaro, que abandonaste, um dia, a docência da matemática e a banca para te dedicares inteiramente a dirigir um espaço de arte, o que exige de ti uma responsabilidade enorme sobre os teus ombros, a vários níveis, quando, entretanto, tantas galerias se vão fechando, é porque amas profundamente o que fazes.



Sabemos que não estás sozinho. Para além do estímulo que te dão os filhos e os amigos, tens outro sócio que é igualmente director deste empreendimento, o Zeferino Silva, que é um artista e, por isso, compreende bem tudo o que envolve esta actividade. Também ele tem «aquele morabeza», como diriam os nossos amigos cabo-verdianos, isto é, a amorabilidade e afabilidade com que recebe as pessoas, sejam elas quais forem e o espírito e as qualidades necessárias de quem mexe na arte como quem toca em algo de mágico ou transcendente.



Se a arte é, em última instância, um negócio, não é, porém, um negócio qualquer.



É uma actividade que tem de ter em conta o talento, a sensibilidade, o sofrimento, enfim, a vida do artista e, na maior parte dos casos, a sua inabilidade para comercializar a sua obra.



Por isso, o verdadeiro galerista é aquele que assume esse aspecto, protegendo o artista, expondo-o, promovendo-o, mas o que é essencial é que se torne seu amigo, quase um irmão que vela pelos seus interesses e que admire a sua arte.



E tu, Álvaro, tens, na verdade, essa qualidade de te dares por inteiro às pessoas com quem trabalhas e que convivem contigo.



Aliás, o papel do galerista ou do director de um espaço artístico, como tu preferes chamar, é fundamental.



Giacometti, Arpad e Vieira da Silva, por várias vezes, afirmaram que dois galeristas tiveram uma importância crucial na difusão das suas obras.



Foram eles,: Primeiro, uma mulher, Jeanne Bucher que expôs duas esculturas de Giacometti, pela primeira vez, e que foram de imediato adquiridas.



Também foi pela sua mão que Paris conheceu as obras de Arpad e de Helena Vieira da Silva. Era uma galerista muito atenta aos novos valores e que, em boa hora, os divulgou.



Posteriormente, Pierre Loeb, que acompanhava de perto os novos movimentos, também apresentaria na sua galeria obras destes artistas.



Vieira da Silva diria deles o seguinte:



«Em Jeanne Bucher vi a fada, em Pierre Loeb, o mágico, ambos detentores de grandes poderes. Sem uma Fada boa, um Mágico e um forte Anjo da Guarda, não há nada a fazer; é preciso, pelo menos, uma trindade para fazer com que gostem do artista.»



Nem todos os artistas têm a sorte de ter uma trindade, nem todos os artistas tiveram as oportunidades duma Vieira da Silva, de um Arpad, de uma Paula Rego ou de um Giacometti, independentemente do seu grande talento.



Mas é importante que os artistas reconheçam o papel precioso que um galerista pode assumir.



Por isso, este livro, em que apareces nas várias actividades empreendidas pelo MAC (exposições, entregas de prémios) e, lá fora, Conferências, Congressos, os nossos congressos, realizados em parceria com a SLP, no Brasil e em Cabo Verde, mas igualmente na intimidade com os teus amigos, os teus filhos, a tua mãe, os teus netos, este livro, dizia eu, ficará impresso no coração de todos nós.



A tua imagem ficará como uma figura que se respeita dentro do panorama português das artes e como o amigo que se quer bem pelo grande esforço que fazes em manter viva esta chama, mesmo em períodos graves de crise económica como o que estamos agora a passar, oferecendo-nos em estado de graça e em festa este convívio e este espaço de cultura e de arte.






Profª.Drª. Elsa Rodrigues dos Santos



Presidente da Sociedade da Língua Portuguesa



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Lançamento do livro PERCEPÇÃO DO OLHAR


11ºAniversário MAC-Movimento Arte Contemporânea

MAC – Movimento Artístico Contemporâneo comemorou o seu 11.º aniversário, expondo uma nova exposição na suas galerias e atribuindo prémios.A nova exposição está patente até 30 de Setembro na galeria situada na R. Sol ao Rato nrº 9 e na da Av. Álvares Cabral nrº 58.Pode-se contemplar trabalhos de pintura de Artur Bual, Manuela Pinheiro, Teresa Ribeiro, Matilde Marçal, Vieira da Silva, entre outros. De escultura de Alberto Cedron, Leonor Pego, entre outros. De joalharia de Alberto Gordillo. E medalhística de João Duarte. E fotografia de Rosa Reis.


Deu-se o lançamento do livro “Percepção do olhar” da fotógrafa Rosa Reis sobre Álvaro Lobato de Faria.


Na atribuição dos prémios, não posso deixar de felicitar o, programa da TVI, “Cartaz das Artes” de João Paulo Sacadura, que recebeu o prémio “MAC 2005 – Melhor Programa de Divulgação Cultural de Televisão”.


E jornalista Filipa Maria que também foi distinguida.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

1º ENCONTRO NACIONAL "A REPRESENTAÇÃO DA IMAGEM FEMININA"


Palestra premiada no 1ª Encontro Nacional de Língua Portuguesa


26 a 29 de Setembro de 2001

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Gravação em casa para os programas "Entre Nós" RTP Canal 2,RTP Internacinal e RTP África

Com Raquel Santos gravando o programa "Entre Nós" Universidade Aberta /Canal 2




em 11-2 -2003

Conferências e Palestras_medalhística_pintura_escultura_joalharia

Comentário á palestra sobre BRANCUSI proferida por Álvaro Lobato de Faria em 14/4/2007 na Biblioteca Orlando Ribeiro em Lisboa

Comencemos por piezas como ”Las musas adormecidas” que Brancusi repite incesantemente y partiendo de las “Danaides “, simplificando la forma hasta la agotación, como si buscase la geometría intrínseca del inicio de los inicios. Nos coloca a nosotros en la situación de ”buscadores“ de la forma esencial de esta llanura aparentemente bidimensional, hasta la rotación eterna en la que la fuerza de los tiempos se interrelaciona con una infinidad de galaxias, conjuntos de pequeños ovoides que habitan en otro universo... Si en la geometría pura encontramos la verdad de las cosas, en la coincidencia de los registros, la fuerza estática de los equilibrios únicos, pensamos que nos podemos transportar para el pensamiento de Brancusi, habiendo él elaborado una trayectoria espiritual y estética en el sentido de alcanzar Verdad de la “cosa” objeto de elaboración mental objetivada en el acto en todo el conjunto de su obra. Estamos hablando principalmente del “Comienzo del mundo” y de la “Escultura para ciegos” en las que las estructuras internas, los vectores direccionales "coinciden" hasta crear una verdad interna o interior que el artista, gracias a sus convicciones y búsquedas, "intenciona" en estas formalizaciones, tan próximas de las geometrías otrora sagradas, en las estructuras de ínfimos animales que habitan en nosostros, en los íconos de las antiguas "escritas". La “ Mesa del Silencio” nos está presentada en un maravilloso plano cinematográfico genialmente conseguido por el realizador de la película "Brancusi", Cornel Mihalache, que nos hace sentir como si el tiempo y la materia se debatiesen en una lucha de encuentros por el minuto final, en un local imaginario de la “Columna sin fin”. Pienso que fueron enunciados los pontos referentes principales del pensamiento estético e de la imaginativa que dirigieron sus obras para el pensamiento plástico moderno, y que hicieron de este hombre uno de los mayores escultores del siglo XX debido a las repercusiones que tuvo en la escultura todavía hasta los días de hoy:- la busca de la esencialidad de las cosas - su representación simbólica - el mínimo de registros explícitos.“Antes no había nada”, ni tiempo…, y las fuerzas se realizaban a través de atracciones y retracciones de las masas cósmicas. Volviendo al documental de Mihalache: - como en los encuentros y desencuentros entre la Vida y la Muerte que nos propone Bergman en algunas de sus películas , donde hay un eterno en que los espacios temporales nos remeten para un espacio sin fin -, lo mismo se pasa en el lento y rico ritmo de la película que nos fue presentada; sentimos, en los silencios, el hilo conductor del pensamiento que habita en la obra de Brancusi, rica en su búsqueda coherente y persistente, como si el artista a través de sí nos quisiese elevar hasta los pilares de la Verdad de la Creación de los universos galácticos que constituyen hasta los días de hoy “lo desconocido” de la Humanidad.Al contrario de los “Pájaros en vuelo” que parecen captar de los cielos la luz en el brillo desmaterializado de sus superficies pulidas, conquistando toda la inmaterialidad del pensamiento, en rincones donde solamente está permitida la entrada de la luz, en la ”Mesa del Silencio”, uno siente el altar de los tiempos a la espera de un nuevo ritual (como una “instalación” diríamos hoy, en la sombra de las nuevas estéticas de la época post-humanista).El gotear del agua de la lluvia en el mismo ponto, creando una vulva, para fecundar otros mundos, en los momentos compasados: reloj de un tiempo sin límites, reloj sin punteros en que todas las lecturas temporales están permitidas…es un momento cinematográfico de extrema belleza.Este conjunto de propuestas muy bien articuladas en su organización, hizo de la tarde del 14 de Abril de 2007 un tiempo de reflexión, un tiempo de cultura y de conocimiento, que nos lleva a exigir de todos, y de cada uno de nosotros, que nos apoyásemos en este ejemplo para futuras realizaciones. Reconocemos que toda la equipa que propuso la realización de este evento tiene la fuerza de voluntad necesaria para la realización de este tipo de eventos enriquecedores para todos.
MARIA JOÃO FRANCO

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Conferência proferida por

Álvaro Lobato de Faria
publicada no

Museu de Medalhística de Londres

em "The Medal" . Nº 45."2004

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in "The Medal" 2004.Museu da Medalhística de Londres


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ENCONTROS DE ARTES E LETRAS EM CABO VERDE

ÁlvaroLobato de Faria com os Embaixadores de Cabo Verde

OS CAMINHOS DA ARTE, AS GALERIAS E A BOLSA DE VALORES

Dr.Álvaro lobato de Faria_Director do MAC-Movimento Arte Contemporânea
Embaixador de Portugal em Cabo Verde
Presidente da Sociedade de Língua Portuguesa Dra.Elsa Rodrigues dos Santos


Uma obra de arte veicula um universo em que fictício e real não se distinguem. Fictício e Imaginário, são, duma certa forma, mais verdadeiros do que a realidade, que só encontra o seu verdadeiro significado e a sua dimensão humana depois desta transfiguração operada pela obra de arte.






A dimensão de ordem e desordem da vida humana expressou-se sempre com os processos de ficção ou ilusão. Nesse sentido, os produtos do imaginário representam, porque transmitem uma mensagem de verdade, uma jóia do património universal.


Enquanto assistimos a uma série de mutações sociais que provocam, numerosas reflexões e interrogações de ordem política e económica revela-se primordial confrontar os saberes na busca de novas utopias ou comportamentos.
Reflectir a sociedade e os seus costumes culturais torna-se indispensável para consolidar as democracias contemporâneas. Tal é o objectivo dos organizadores “ deste encontro “ concebido como espaço de encontro e reflexões multidisciplinares.
A Arte como forma de comunicação, resultante do contacto com o mundo que nos rodeia, necessita de um clima de independência, de larga amplitude de temas, processos e estímulos que tornam possível tal fenómeno.

Contamos que este acontecimento crie um espaço de reflexão, de convívio e debate fundamental, de interrogação e interpretação estética, capaz de retemperar a força imaginativa de todos os participantes e, ainda que indirectamente, semear no vento que visita as encruzilhadas da paisagem que nos aconteceu habitarmos, a inspiração de algumas lufadas mais de lucidez e liberdade.
Com efeito, se a democracia, configura um fim em si própria, nem sempre os seus objectivos são garantidos.
O espaço da autonomia democrática terá de ser também investido como horizonte de invenção continuada de outros fins e valores. Acontece, porém, que por falta de um imaginário renovador capaz de pegar nos gestos e “pequenos nadas” da vida quotidiano, somos por vezes condenados à impotência perante os fundamentalismos que recrudescem no mundo contemporâneo.
Por isso, a ambição que me traz a este Encontro é tentar contribuir para a definição de uma relação alternativa entre a arte e os seus vários poderes, capaz de tornar o mundo num espaço, onde o imaginário desempenhe um papel primordial.
Se conseguirmos, por pouco que seja tornar semelhante preocupação um pouco mais presente na consciência de todos nós, creio que terá sido inteiramente justificada esta iniciativa. E como os encontros devem servir para troca de experiências enriquecedoras e não como exposição de teorias e retóricas apanhadas de qualquer pesquisa bibliográfica ou cibernautica vou falar da minha própria experiência como director-coordenador de dois espaços culturais privados e sobretudo das relações que desde esta minha posição se estabeleceram com os artistas, com o público, com a imprensa, com os críticos e com os investidores de arte.

Num breve levantamento à situação da arte portuguesa na viragem do século, ou mais especificamente nos 10 anos que antecederam a essa viragem, importa considerar alguns aspectos, como sejam:
- O lugar da expressão artística nacional na geografia cultural internacional; o modo como o atraso crónico da arte portuguesa é ainda efectivo e quais as suas especificidades na actualidade;
- As relações estabelecidas entre os vários intervenientes num processo artístico: ( artistas, público em geral, instituições públicas e privadas, críticos de arte, a comunicação social);
- A arte em si mesma, ou seja as manifestações artísticas dos nossos dias e o que elas significam em termos de continuidade e rotura, num âmbito temporal mais amplo.
Entre os vários caminhos diferenciáveis, e tendo em conta linhas de proximidade muito genéricas, podemos salientar três vias:
- Os artistas cujas propostas, geralmente ligadas a suportes tradicionais, se afirmaram em décadas anteriores e que hoje em dia, com validade criativa, tentam tirar as últimas consequências das linguagens pessoais que estabeleceram;
- Os artistas cujo percurso se estabeleceu marginalmente ao longo da década de 80, em função dos sentidos alternativos então explorados, e que agora alcançam o reconhecimento mais ou menos generalizado;
- E, por último, aqueles que, apresentando maior esforço de actualização, face aos ritmos internacionais, tentam divulgar as suas propostas, ainda que nem sempre disponham dos canais adequados ou da visibilidade pretendida.


Pessoalmente as Escolas ou Correntes de pintura que mais me fascinam e com as quais eu trabalho nos meus espaços culturais MAC – Movimento Arte Contemporânea, confesso que são todas. Todas me interessam sobre o ponto de vista artístico e evolutivo.
Algumas obras, parecem terem atingido o máximo que o Artista pode conseguir realizar e então apetece-me classificar o trabalho de clássico, em algo que deve ser conservado para sempre, como testemunho cultural de uma época, de um país, de uma sensibilidade (tais como as obras de Hilário Teixeira Lopes, Artur Bual, Manuela Madureira, Figueiredo Sobral, Martins Correia, João Duarte entre outros).
Outros artistas permitem-me ultrapassar a disparidade formal entre o figurativo e o abstracto (tais como Figueiredo Sobral, Ricardo Paula, Luísa Nogueira, António Carmo, Helena San Payo, Tereza Trigalhos, Marília Viegas, Gracinda Candeias, entre muitos outros);
Outras obras demasiado avançadas no abstraccionismo - gestualista que hoje se pratica e eu admiro bastante. Telas representando espaços privilegiados de pintura pura, que irão tendo maior importância dentro dos próximos anos, quando se chegar a um abstraccionismo completamento “Matissiano”, quando a cor, for, por si só, aceite como pintura total. ( Artur Bual, Hilário Teixeira Lopes, Juan Sánchez López, Gracinda Candeias, José Vicente, são alguns dos exemplos que aqui se podem inserir).
O MAC – Movimento Arte Contemporânea já definiu um estilo muito próprio caracterizando-se pela aposta na diversidade. Da estética figurativa ao abstraccionismo mais radical, temos exposto tudo que tenha qualidade. Lado a lado, a maturidade dos Mestres e a avidez daqueles que dão os primeiros passos, a sabedoria e a procura, a experiência a audácia.
Em relação aos agentes culturais, tantas vezes apontados pela sua ineficácia como responsáveis pelos atrasos, importa reconhecer, sem optimismos desmedidos que uma situação ainda evolutiva não permite, desde já, estabelecer, uma melhoria considerável nos últimos anos.
O surgimento de numerosas instituições públicas e privadas (Serralves, – Museu de Arte Moderna de Sintra – Colecção Berardo, Fundação Arpad Szenes - Vieira da Silva e a melhor definição das linhas de acção do CCB e da Culturgest) ligadas à Arte Contemporânea e o reconhecimento do papel benéfico do apoio às artes por parte dos orgãos de poder, de que a criação de um ministério da Cultura é paradigma, são factores positivos.
Ao nível da crítica e pese o “status quo” adquirido por alguns defensores da tradição e do mercado como castradores da inovação, vão surgindo críticos interessados em cumprir o sentido do tempo e as suas virtudes.
Mas é, sobretudo ao nível do público que importa fazer um esforço maior de informação e actualização, de fornecimento de critérios e de hábitos culturais.
Se quisermos salientar algumas das características inovadoras da década de 90, as quais comportam indicações preciosas face a possíveis sentidos futuros, poderíamos salientar a atenção, as problemáticas sociais e o esforço desenvolvido em torno dos novos meios tecnológicos.
A preocupação social, não que seja necessariamente entendida como um realismo intervencionista, mas antes como a atenção do artista aos problemas do seu tempo: (ecologia, globalização, guerra) e a preocupação em ganhar voz no mundo em que a visibilidade comunicacional é cada vez mais premente.
Isso obriga frequentemente a repensar o interior do próprio sistema artístico, o que nos leva ao outro aspecto a que nos referimos, ao recorrer cada vez mais usualmente a novas tecnologias que vêm radicalizar a interdisciplinaridade artística legada pelo século XX, o que constitui o romper de barreiras nem sempre fácil no meio português com as suas idiossincrasias, que se fazem sentir desde logo ao nível económico e técnico.
BOLSA DE VALORES
Este mercado teve em 1999/2000, mais liquidez e dinamismo e não se esperam oscilações importantes nos custos, característica que, aliás, acompanha normalmente este tipo de investimento.
Quem quiser adquirir pintura, escultura ou outros objectos de arte, tem de saber que á partida, existem dois mercados bastante distintos:
· dos artistas consagrados
· e o dos novos artistas
- No mercado dos nomes consagrados os preços são geralmente mais elevados ( superiores a 10 000 contos) e as rentabilidades potenciais podem nem sempre ser muito elevadas. Mas há autores que são, sem grande margem de risco, boas apostas.
É o caso dos naturalistas, como Malhoa, Columbano, Silva Porto, João Vaz, Sousa Pinto e Eduardo Luís. O tipo de pintura naturalista é cada vez mais raro e por isso é um investimento muito bom.
Os modernistas também são boas apostas, mas há que saber escolher os melhores nomes, tais como Souza Cardoso, Eduardo Viana, Almada Negreiros, Mário Eloy, Vieira da Silva, são bons pintores modernistas.
Para se ter uma noção mais clara da valorização potencial dos pintores mencionados referimos alguns exemplos:
Um Sousa Pinto que valia há quatro anos 2 700 contos, está hoje avaliado em cerca de 12 000 contos.
Um Malhoa que valia há 3 anos 22 000 contos vale hoje mais de 50 000 contos, o que é notável.
Há outros autores consagrados que também podem ser lucrativos. É o caso de Júlio Pomar, Paula Rêgo, Júlio Rezende, Cargaleiro, Hilário Teixeira Lopes, Artur Bual, Martins Correia, Maria Manuela Madureira, Figueiredo Sobral, Hogan.
Breve apreciação apenas sobre os artistas, que aqui têm presentes as suas obras :

Hilário Teixeira Lopes: - Este grande mestre, pintor de uma espontaneidade à flor da pele e de um virtuosismo incontestável, soube captar nas vertentes expressionistas e gestuais dos seus acrílicos a vibração das cores na sua mais alta voltagem e o pulsar da vida e do tempo. As breves texturas, os movimentos ondulatórios e as pinceladas largas fazem do seu abstraccionismo a magnificação do real, traduzido em luz transbordante de alegria de viver. Pintor mundialmente premiado as suas obras chegam a atingir alguns milhares de contos.


Maria Manuela Madureira: - Na sua obra sente-se a existência de duas facetas:
De um lado está o seu significado histórico, a sua presença decisiva na evolução da arte contemporânea portuguesa; do outro lado está a sua constante evolução, a sua busca sem fadiga, que faz de cada momento uma reencarnação imprevisível, uma conquista, um enriquecimento.
Pesquisadora de verdades e de liberdades interiores, não cessando de se transformar, mantendo-se fiel a si mesma, tanto no que respeita à renovação da sua linguagem artística, como à descoberta e integração sucessiva de novas técnicas e materiais, o que lhe confere um sentido de experimentação inovadora e autêntica.
Figueiredo Sobral: Na verdade, Mestre Figueiredo Sobral é um buscador incessante de materiais e de formas a fim de dar sentido ao seu universo estético como suporte do discurso moderno.
Quer utilizando a sua técnica dos relevos, cultivada desde os anos 60, em massa esculpidas num compromisso entre a pintura e a escultura de inspiração surrealizante ou de um realismo fantástico, ou quer expressando-se nas linhas simples de cores suaves das suas oníricas aguarelas ou materializando o pastel na criação esfíngica da boneca, no seu eterno feminino, ou nas visões cósmicas, Mestre Figueiredo Sobral configura a sua obra de grande qualidade no rigor e procura do surpreendente e do imprevisível.
O mesmo labor e criatividade se projectam na escultura que merece um lugar à parte na sua obra e na histórica da escultura portuguesa.
Com larga actividade em Portugal e no Brasil e noutros trabalhos monumentais, em lugares públicos espalhados pelo mundo, aplaudido pela melhor crítica, é tempo que Mestre Figueiredo Sobral, neste virar de século e de milénio ganhe o lugar universal que lhe compete e a bolsa de valores que lhe é devida.

Sobre estes artistas, a aquisição das suas obras representa um excelente investimento sendo a sua valorização uma certeza absoluta, pois sem dúvida alguma, estes grandes mestres poder-se-ão inserir nos criadores da arte portuguesa que terá um futuro risonho e diferente certamente, não só na Europa, mas até a nível mundial.


No entanto recordo que os referenciais nunca se devem perder quando se adquire arte: - “ Autenticidade, gosto, nome do pintor e qualidade”.


O último vector é muito importante, e recomendo que, mesmo no caso de autores conhecidos, só se adquiram quadros manifestamente bons.
No mercado dos novos autores, os custos são, geralmente, mais modestos, mas os lucros podem disparar com alguma facilidade.
Eu como coleccionador e director-coordenador de dois espaços culturais, MAC-Movimento Arte Contemporânea destaco alguns nomes em que, sem dúvida nenhuma, vale a pena investir e dos quais na exposição aqui presente, se podem ver algumas obras.

Num primeiro plano: Luísa Nogueira, João Duarte, Ricardo Paula, Juan Sánchez López, António Carmo, Helena San Payo, Gracinda Candeias;
· Num segundo plano por serem mais jovens nas artes: José Vicente, João Iglésias.
Luísa Nogueira –Tem uma excelente técnica, óleos sobre papel ou sobre tela, a sua pintura transporta um sentido, o do próprio movimento do pensamento, incitando à sua explosão deixando divagar a imaginação. O valor das suas obras rondam os 500/600 contos, sendo a tendência para uma grande valorização, dado ser considerada uma grande mestre da cor, da técnica, da imaginação, sendo bastante a procura da sua obra;
Ricardo Paula – Apesar dos seus 20 anos de carreira é um dos bons pintores portugueses da sua geração. A sua obra tem expressão internacional. Possui e domina dois instrumentos sem os quais não há pintor: estilo inconfundível e visão original do mundo, dos seres, das coisas, da condição humana. As suas telas reflectem reminiscências que instigam e afloram a lembrança de qualquer observador. Boa técnica. Os seus quadros, rondam os 800 contos e nos últimos anos a sua cotação e procura têm sido bastante acentuadas.
Juan Sánchez López:- A sua força estética , a sua qualidade artística, nasce da convivência entre formas ricas e espontaneidades, aparentemente incontroláveis.
As suas obras são pois, materialização de anseios e de sonhos, notas de realce na pintura contemporânea.
A valorização dos seus trabalhos, tem vindo a sentir-se nestes últimos anos, rondando os 750 contos, cada uma das suas obras, geralmente de grandes dimensões, havendo uma enorme tendência na procura das mesmas;
António Carmo:- Pintor largamente reconhecido pela critica a nível nacional e com grande projecção internacional, tudo leva a crer, que este artista encontrou uma das mais importantes marcas da sua diferença, ou seja, daquilo que nos permite, diante de qualquer trabalho por ele executado, reconhecer o efeito de autoria. As suas obras rondam valores entre os 600 a 1500 contos e a sua valorização é uma certeza absoluta.
Helena San Payo: - Pintora neo-figurativa, as suas obras têm uma relação viva e instigante com o público. É neste sentido que a pintura desta artista, se engrandece, se distingue, arrastando-nos para paixões, sentimentos de arte na sua mais sublime expressão. A sua obra tem vindo a valorizar-se, rondando valores entre os 700 e os 1000 contos, neste momento.
João Duarte: - Escultor de reconhecido mérito nacional e internacional insere-se no neo-expressionismo.
Com o seu estilo inconfundível, a visão original do mundo, dos seres, das coisas, da condição humana com as suas esculturais “deusas- mater”, João Duarte concebe com a sua criatividade formas recentes num espaço que até aí não existia e que nasce, permitindo assim que cada trabalho só por si, fale e viva.
A sua força estética, a sua qualidade artística mais íntima nasce da convivência entre formas esculturais ricas, espontâneas.
Cumprem um ritmo poético, uma cerimónia de indeterminação e ambiguidade, estabelecem e assinam um pacto de estreitamento.
A sua grande qualidade de criador, contém densidades e riquezas interiores que só podem ser dadas por uma profunda preocupação humanística.
Toda a sua obra escultórica conforma, expressivamente, o grande talento e sobretudo a alta técnica de um dos maiores escultores da sua geração .
João Duarte é também no campo da medalha contemporânea que dá provas do seu grande talento e criatividade, elaborando medalhas em ruptura com conceitos medalhísticos do passado, não obstante na sua concepção Ter sido utilizada uma linguagem adequada.
São “desafios saudáveis” que conduzem à reformulação do conceito estético e técnico da medalha, notando-se personalidade e maturidade na sua obra, fazendo com que a medalhística nacional continue a ser considerada, uma das melhores do mundo.
É um grande investimento a aquisição das suas obras que rondam os 1500 a 2000 contos, não havendo qualquer dúvida de que a tendência na valorização das mesmas, será seguramente uma certeza.

Gracinda Candeias: - O público conhece bem a sua pintura abstracta, principalmente nas duas fases, “AR” e “TERRA”, mas a artista acaba por ter a sensação de estar aprisionada à imagem dos seus quadros, que apenas representam uma fase de um longo percurso.
A partir de 1992, pinta pontualmente para alguns clientes mas nunca para uma exposição, dedicando-se às instalações temáticas.
Começou pela China numa entrega de 5 anos de estudo e trabalho, depois a Rainha Nzinga, uma história de Angola, país onde nasceu e foi agora convidada pela Câmara Municipal de Lisboa a fazer uma instalação sobre a cidade onde já vive à 27 anos.
Paralelamente, começou desde 1995 a fazer arte pública: a estação de Metro do Martim Monis em Lisboa, a estação de caminhos de ferro das Mercês em Sintra; a Porta da Estefânia, a nova entrada em Sintra e neste momento as maquettes estão feitas para o projecto da estação da Portela de Sintra.
O valor das suas obras rondam entre os 700 e 2500 contos, havendo grande tendência para a valorização e procura das mesmas.
Todos estes artistas têm obtido prémios tanto em Portugal como no estrangeiro e estão representados em várias instituições e museus.
José Vicente: - Em José Vicente, a pintura fala evidentemente, de si mesma, da sua génese, dos gestos do pintor, mas, ao mesmo tempo, é uma incitação a pensar, num mesmo movimento, no corpo, no universo, no acto de pintar e isto através de vias, a um tempo, simples e subtis.
Assim, a superfície de cada obra de José Vicente manifesta-se como plural, como permanência onde coexistem os vestígios de vários estados sucessivos, como lugar onde se poderão ler sempre acções abolidas, como local onde elementos díspares se correspondem e integram. A superfície torna-se então um depósito, um tesouro de instantes e de formas. Revela-se como espaço diversificado capaz de preservar a memória de acontecimentos múltiplos.
Em suma, a Arte de José Vicente impõe-se pela franqueza e pela vontade interior, encerrando um grande fascínio que nos faz sentir estar perante um exemplo de autenticidade muito rica e natural.
João Iglésias: - João Iglésias já ocupa hoje uma posição muito positiva dentro da escultura contemporânea portuguesa. Tal posição advém-lhe, naturalmente do temperamento artístico de que é dotado, o que lhe permitiu uma inconfundível afirmação de personalidade.
De ano para ano, João Iglésias mercê da sua entrega total à sua arte, a escultura, tem vindo a definir-se tanto pela necessária maturação da sua técnica, como pela feição caracterizadamente pessoal que consegue imprimir a todos os seus trabalhos. Essa conquista, em qualidade de matéria, em sensibilidade plástica, foi-se tornando notada nas exposições em que já participou, o que justifica o sucesso obtido, passando a ser uma excelente lembrança na memória de todos nós.
José Vicente e João Iglésias são artistas plásticos que começam a ser reconhecidos muito positivamente, a nível da critica e do público, sendo a sua procura bastante notada. Poderão vir a ser potenciais investimentos a aquisição das suas obras ainda a custos moderados.

Em jeito de balanço, podemos assim afirmar que, à entrada de um novo milénio, a arte em Portugal, se a entendermos num sentido aberto, pode finalmente beneficiar de um esforço actualizado, capaz de gerar energias benéficas que só estaremos em condições de avaliar num futuro ainda algo distante.
Depois da euforia ritualista dos happnings e performances da segunda metade dos anos 70 início de 80, no regresso à pintura nos anos 80, os anos 90 vieram dar espaço a obras flexíveis ao nível dos meios e suportes, em que predomina a relação com o espaço.
Na segunda metade dos anos 90, a arte portuguesa abriu caminho entre as preocupações sociais, a fluidez dos materiais, suportes e géneros.
O apoio institucional porém, nem sempre tem sido capaz de suprimir algumas faltas de meios.

O ponto da situação não é de forma alguma unívoco, sendo muito mais lúcido, para quem quiser reflectir sobre a questão, tentar compreender os diversos factores de uma situação que a próxima década terá tendência a clarificar, mas que se revela desde já com alguma vitalidade que permite uma palavra de esperança.


“ É PRECISO TRATAR UMA OBRA DE ARTE, COMO SE TRATA UMA ALTA PERSONAGEM; FICAR DE PÉ DIANTE DELA E ESPERAR PACIENTEMENTE QUE ELA SE DIGNE DIRIGIR-NOS A PALAVRA. “
SCHOPENHAUER
(Filósofo Alemão)
Álvaro Lobato Faria
Director Coordenador do MAC -Movimento Arte Contemporânea



Álvaro Lobato de Faria com Edmundo Pedro
na Ilha da Praia_TARRAFAL



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NOVAS NOTÌCIAS DE ANTIGOS EVENTOS
Artistas portugueses

expõem em Bissau



Bissau, Guiné-Bissau (PANA) - Uma exposição colectiva de pintura e escultura de 16 artistas portugueses abriu quinta-feira em Bissau, no âmbito das celebrações do Dia de Portugal, de Camões e das comunidade portuguesas, constatou a PANA no local.A exposição estará patente ao público guineense nas instalações da RTPÁfrica em Bissau até 19 deste mês e, entre obras exibidas, destacam-se as de Artur Bual, Helena San Payo, mestre Hilário Teixeira Lopes, João Duarte e Alberto Gordillo.Este último é considerado o melhor joalheiro de Portugal e um dos 10 mais importantes do mundo.Por sua vez, João Duarte, vencedor do Prémio Mundial de Medalha, realizado em Paris em 2002, é novamente candidato a idêntico prémio, no concurso que decorrerá este ano em Portugal.De acordo com o embaixador de Portugal na Guiné-Bissau, António Jacob de Carvalho, esta "importante iniciativa" destina-se a mostrar aos guineenses "o que de melhor se tem feito em Portugal"."Trata-se de uma iniciativa destinada a promover o intercâmbio artístico de valores no quadro das relações de amizade e de cooperação" entre Portugal e a Guiné-Bissau, realçou Jacob de Carvalho.Promovida pelo Centro Cultural Português (CCP) de Bissau, a exposição foi organizada pelo Movimento de Arte Contemporânea (MAC), cujo director Álvaro Lobato de Faria define a associação como um "espaço de arte".




Bissau - 11/06/2004

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in Diário Insular

Até 29 de Outubro Arte contemporânea no Centro Cultural18/Setembro/2004
Uma exposição de pintura e escultura contemporâneas de vários artistas do Movimento de Arte Contemporânea (MAC), de Lisboa, está patente no Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroísmo, até ao próximo dia 29 de Outubro.A iniciativa da Câmara Municipal de Angra traz até à ilha Terceira alguns dos maiores artistas plásticos portugueses da actualidade. “O critério foi trazer pintores novos e consagrados, todos com muita qualidade”, explica Lobato de Faria, director coordenador do MAC.Para além das exposições individuais e colectivas, terá ainda lugar, desde hoje e até à próxima terça-feira, um workshop sobre “Sensibilização à Criatividade”, aberto a todos os interessados.Paralelamente, decorrerão ainda durante o fim-de-semana três palestras sobre artes plásticas, no pequeno auditório do Centro Cultural de Angra. Assim, hoje, pelas 18h00, Zeferino Silva irá falar sobre “Encontro cultural de expressão artística nas artes plásticas contemporâneas sobre artistas do MAC. Segue-se, pelas 18h30, uma conferência sobre a “Medalha contemporânea portuguesa, a obra de medalhística do prof. escultor João Duarte”, por Álvaro Lobato de Faria e João Duarte.“A representação da imagem feminina nas artes plásticas” é o tema de uma palestra, que terá lugar amanhã, pelas 18h00, por Álvaro Lobato de Faria.